Alto representante da UE visitará o Brasil na quarta-feira

Bruxelas, 29 out (EFE).- O alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, viajará na próxima segunda-feira ao Peru e no dia 3 de novembro ao Brasil, em sua primeira visita à América Latina desde que assumiu o cargo como chefe da diplomacia europeia.

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“O objetivo da visita é fortalecer tanto as relações bilaterais como a cooperação regional”, disse em comunicado um porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE).

No Peru, Borrell se encontrará com o presidente do país, Pedro Castillo, com o ministro das Relações Exteriores, Óscar Maúrua, e com a presidente do Congresso, María del Carmen Alva, além de representantes da sociedade civil.

Na quarta-feira, viajará ao Brasil, onde no mesmo dia se encontrará com representantes do setor privado em São Paulo. No dia seguinte, em Brasília, se reunirá com o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Borrell também planeja se encontrar com outros representantes do governo brasileiro e de centros de estudo, acrescentou o comunicado do SEAE, sem fornecer mais detalhes.

O alto representante visitará também o centro que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) tem em Brasília para receber migrantes venezuelanos.

“A UE é um importante parceiro político, comercial e de investimento para os países da América Latina, e o alto representante pretende impulsionar ainda mais estas relações nos próximos anos”, diz o comunicado.

A UE assinou o acordo comercial com os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) em 2019, mas a ratificação ainda não ocorreu devido à relutância, principalmente da França e do Parlamento Europeu, em relação às políticas ambientais do presidente Jair Bolsonaro. A Áustria também mantém um veto ao acordo, em um movimento apoiado por Irlanda, Bélgica e Holanda.

O alto representante pediu várias vezes para que o acordo com o Mercosul fosse concluído, de modo a não perder força na América Latina, onde a China já ultrapassou a UE como o segundo maior investidor na região. EFE