'Globo Repórter' desvenda as novidades do Museu do Ipiranga, que passou por uma grande reforma após quase uma década fechado

Divulgação GloboO novo Museu do Ipiranga é o tema do ‘Globo Repórter’ desta sexta-feira, dia 2, cujas histórias dos bastidores da grandiosa reforma do edifício-monumento serão contadas a partir da perspectiva de quem trabalhou na recuperação do patrimônio histórico. São brasileiros que também vão compartilhar suas histórias pessoais, como a do paraense, que atuou como pintor na obra, e sonha ser cantor. Outro relato interessante é o da dentista que fez um caminho inverso: sempre morou no interior do estado de São Paulo e, após a aposentadoria, se mudou para a capital e trabalhou como restauradora na maquete da cidade, uma das obras primas do museu. 

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A apresentadora Sandra Annenberg também esteve no museu e aproveitou para fazer o registro de uma das estrelas da reinauguração: o famoso quadro de Pedro Américo que ilustra o “grito do Ipiranga”. A obra, que estará exposta do Salão Nobre, foi totalmente restaurada para a comemoração do fato histórico. Os repórteres Janaína Lepri e Filippo Mancuso estão à frente da reportagem do programa, que faz parte da programação especial da TV Globo sobre o bicentenário da independência do Brasil. 

“Acho que a grande sacada do programa é contar a história da reconstrução do Museu do Ipiranga pelo olhar de quem forma nossa nação independente: os trabalhadores.  São homens e mulheres de todas as partes do Brasil – e até de fora – que vieram para São Paulo na tentativa de mudar de vida. Um roteiro comum, mas diferente nos detalhes”, afirmou Janaína Lepri, que complementou: “São essas particularidades que fizeram nossa equipe se emocionar durante as entrevistas, na construção do texto, na ilha de edição. Foi um trabalho que encheu a gente de orgulho, como o próprio museu também deixa São Paulo orgulhosa”. 

Ao todo, o Museu do Ipiranga ficou fechado por quase 10 anos. A partir da próxima semana, reabre com o dobro do tamanho e terá capacidade para receber até 11 exposições simultâneas. A estimativa é que o espaço receba de 900 mil a 1 milhão de visitantes por ano. No dia 7 de setembro – data exata dos 200 anos da independência do Brasil – os trabalhadores e suas famílias terão o privilégio de serem os primeiros a visitar o novo Museu do Ipiranga. Já o público em geral poderá visitá-lo a partir do dia 8 de setembro. 

“É claro que foi maravilhoso conhecer mais a fundo a história do museu, as características arquitetônicas e os detalhes técnicos do trabalho de restauro. Mas nada se compara a sensação de passear pela vida dos trabalhadores que tornaram tudo isso possível. Essa é a turma da “mão na massa”: trabalhadores de grandes projetos que, quase sempre, são invisíveis aos olhos de todos nós. Poder jogar luz sobre esses guerreiros do cotidiano foi, sem dúvida, o que mais me encantou nessa jornada”, salientou Filippo Mancuso. 

As obras de ampliação, reforma e restauro do Museu do Ipiranga foram iniciadas em 2019. Prédio de maior valor arquitetônico do local, o edifício-monumento foi fundado em 1895 a partir de projeto do italiano radicado no Brasil Tommaso Gaudencio Bezzi (1844-1915). “Acredito que é importante entrelaçarmos a história desses trabalhadores com os 200 de independência do país. Afinal de contas, dois séculos depois, o ponto de vista que continua prevalecendo ainda é o do colonizador. É fundamental encontrarmos outros ângulos e narrativas. Fazer com que todos se sintam parte dessa história”, concluiu Mancuso. 

O ‘Globo Repórter’ desta sexta, dia 2, vai ao ar logo depois de ‘Pantanal’.