Após temporada de sucesso de público no Centro de Artes Hélio Hélio Oiticica “Forjadas” estreia nesta sexta-feira em curta temporada no Teatro Sérgio Porto e no Centro Professora Dyla de Sá 

Forjadas começou sua trajetória de apresentações no Centro Municipal de Artes Helio Oiticica e, em julho, vai unir a zona sul e zona oeste da cidade com ações simultâneas que somam à característica híbrida da proposta. Na sala Preta do Teatro Sérgio Porto, de 14 a 30/07, o público vai poder fruir o espetáculo performativo, sempre às sextas e sábados às 19h e domingo às 18 h. Já no Centro Cultural Municipal Prof. Dyla Sylvia de Sá, na Praça Seca, a exposição performativa terá lugar com uma instalação cênica, fotos e videoartes da artista, colagens e obras digitais de Lucas Brunno com uso de inteligência artificial. O projeto ainda prevê um conjunto de ações interligadas com debates, estação de bordados e podcasts que vão instigar o público para diferentes experiências de fruição.

Forjadas é um espetáculo performativo transmídia com criação e performance de Claudia Wer que investiga a relação mulher como natureza e homem como cultura através de uma ficção sobre a história de Judite, personagem da cultura ancestral judaica, com texto cênico do dramaturgo Lucas Brunno e interlocução artística do dançarino e ator Thales Ferreira.

Espetáculo performativo transmídia criado e protagonizado pela artista Claudia Wer, fruto da parceria com o jovem dramaturgo da cena nacional Lucas Brunno, baseado em seu texto “Judite com a Cabeça de Holofernes”. O projeto foi contemplado pelo edital FOCA da Prefeitura do Rio de Janeiro. A partir da saga de Judite, personagem da cultura ancestral judaica que resiste ao esquecimento, a performance aborda questões de gênero, violência de gênero e masculinismos. “A história de Judite, a mulher questionada por sua atitude fora do padrão, a mulher que defende território, a mulher excluída do panteão de heróis, a mulher que protagoniza a defesa do território-corpo-terra me intriga, influencia e estimula a trazer uma resposta artística” diz Claudia Wer. Judite é uma mulher que conhecendo e sentindo a opressão dos poderosos sobre seu povo, tem a coragem não-conformada. Histórica e cotidianamente o corpo da mulher, a presença da mulher, se perfaz em território e extensão de território, são domínios que se processam em diferentes conquistas e conflitos, de guerras ancestrais e contemporâneas, também em conflitos regionais e urbanos. Que cultura é essa que sustenta uma interpretação fálica do mundo? Nutrindo-se de um clássico texto da antropóloga Sherry Ortner e de pensadores atuais que trabalham questões de gênero e violência, nasce um projeto artístico híbrido e interativo que conjuga tecnologias ancestrais e contemporâneas, arte, ciência, cultura e natureza para provocar o campo simbólico feminino e masculino.