Durante o debate “Soluções para Exportações na Mineração – FIEPA e APEX”, realizado dia 29 de agosto, na Exposibram 2023, em Belém (PA), o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) divulgou que o setor mineral gera cerca de R$ 32 bilhões para os cofres do Governo paraense. A informação do quantitativo de recursos oriundos do setor mineral foi revelada por Anderson Santos, gerente executivo do IBRAM Amazônia. Além dele, participaram da mesa de debates Fábio Pereira Flores, secretário executivo da Comissão de Assuntos Minerários da Ordem dos Advogados do Brasil, Cassandra Lobato, coordenadora do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará -FIEPA, especialista em comércio exterior, e Marcos Vale, analista de investimento da ApexBrasil. Cassandra Lobato, da FIEPA, ressaltou que o setor mineral pode ser o “motor” do desenvolvimento. “Isso sinaliza o nosso protagonismo”, afirmou. A coordenadora citou o quanto de riqueza e desenvolvimento o setor gera para o estado. “Temos uma capacidade humana elevada. Apoiamos o setor para que possamos alcançar outros horizontes, outros pensamentos. A mineração faz parte da história do nosso Estado”, considerou. O secretário executivo da Comissão de Assuntos Minerários da Ordem dos Advogados do Brasil, Fabio Flores, comentou da diversidade do setor, já que a mineração está presente em tudo. “Estimulamos uma mineração adequada e sustentável. Ela é essencial e faz parte da nossa vida”. Com relação aos gargalos da exportação do setor, houve consenso entre os participantes que há falta de informação ou a informação deturpada pode levar à derrocada de investimentos nacionais e estrangeiros. “O investidor quer segurança. Quer que chegue com um bom projeto. Precisa de informação clara. Um plano de negócio consistente e você consegue atrair o investidor”, declarou Cassandra. Ainda segundo ela, um erro de informação fornecida, por exemplo, por uma empresa, pode levar o negócio ao fim. O representante da OAB, Fábio Flores, também disse da dificuldade enfrentada para extração de ouro diante de entraves históricos na região. “A questão do ouro é complicada, porque envolve áreas de conflito. Há uma mineradora no Pará com um grande projeto, mas que está paralisado. E nós precisamos avançar na discussão da certificação desse ouro, para a produção ser compatível (com o interesse coletivo)”.
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