Quase sete milhões de pessoas saíram às ruas para protestar contra a proposta de reforma judicial do governo israelense de Benjamin Netanyahu desde janeiro, afirmou Kobi Shabtai, comissário da polícia, nesta segunda-feira (4). As informações são da agência de notícias Anadolu. Em uma série de comunicados emitidos durante evento da Ordem dos Advogados de Israel, Shabtai afirmou que os manifestantes se reuniram em ao menos 4.400 localidades em todo o país. Organizadores, no entanto, estimam 155 localidades. Milhares de israelenses tomam as ruas todos os sábados desde o início do ano, em oposição aos planos do governo de extrema-direita para remover poderes da Suprema Corte em favor do ramo executivo. Em 27 de março, Netanyahu adiou a reforma devido aos protestos. No final de maio, porém, retomou a tramitação, ao assumir uma postura ainda mais agressiva. A oposição israelense descreve a proposta como tentativa de golpe, ao acusar o premiê – réu por corrupção – de governar em causa própria. Netanyahu defende o esquema como forma de “reequilibrar” os poderes executivo e judiciário. Analistas internos e apoiadores temem impacto de investimento e relações públicas a Israel, com prejuízo à imagem de “única democracia no Oriente Médio”. Os protestos, todavia, não costumam contestar o regime de apartheid imposto aos palestinos. LEIA: Israel pune reservista da Marinha por protestos contra reforma judicial
Protestos em Israel chegam a sete milhões de pessoas, afirma comissário da polícia
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