Parlamentaristas acionam MPF contra igreja por suposta “cura gay” após suicídio de Karol Eller

Parlamentares do PSOL acionaram o Ministério Público Federal para investigar a igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás, por suposta prática de "cura gay". A ação foi motivada pelo suicídio de Karol Eller, uma influenciadora bolsonarista que havia frequentado o retiro religioso da igreja.

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Karol Eller - Reprodução

Parlamentaristas do PSOL acionaram o Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira (16) para investigar a igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás, por suposta prática de “cura gay”. A ação foi motivada pelo suicídio de Karol Eller, uma influenciadora bolsonarista que havia frequentado o retiro religioso da igreja.

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De acordo com a ação protocolada pelos parlamentares, a igreja é responsável pelo retiro “Maanaim”, que oferece as famigeradas terapias de “conversão sexual”, ou seja, a tentativa de converter jovens LGBT à heterossexualidade.

Karol Eller faleceu na noite de quinta-feira (12) em São Paulo. A causa da morte foi suicídio. A influenciadora havia anunciado, em setembro, que havia “renunciado à homossexualidade” depois de retornar de um “retiro religioso”.

Os parlamentares Erika Hilton, Pastor Henrique Vieira e Luciene Cavalcante afirmam na ação protocolada no MPF que “os tratamentos de ‘cura gay’ são verdadeiras práticas de tortura e agressão a toda população LGBTQIAPN+, cuja orientação sexual ou designação de gênero são características inerentes a cada sujeito, sendo impossível sua alteração.”

Além disso, os parlamentares destacam que as “terapias de conversão” são vedadas pelo Conselho Federal de Psicologia e sugerem que a Assembleia de Deus de Rio Verde seja responsabilizada pelos crimes de homofobia, tortura psicológica e incitação ao suicídio.

O suicídio de Karol Eller causou comoção na comunidade LGBT. A influenciadora era uma das poucas vozes LGBTQIAPN+ a apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ação do MPF é um importante passo para combater a prática de “cura gay” no Brasil. As terapias de conversão são uma forma de violência contra a população LGBTQIAPN+ e não devem ser toleradas.

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