Medida Polêmica

Rio de Janeiro planeja internação compulsória de usuários de drogas

Prefeito Eduardo Paes solicita elaboração de proposta para retomar internação compulsória de usuários de drogas, medida polêmica empregada em sua gestão anterior e suspensa após críticas e ação judicial

Eduardo Paes (PSD), atual prefeito da cidade
Eduardo Paes (PSD), atual prefeito da cidade - Foto: Beth Santos/Prefeitura do Rio de Janeiro

A Prefeitura do Rio de Janeiro, liderada pelo prefeito Eduardo Paes, está preparando uma proposta para reintroduzir a polêmica medida de internação compulsória de usuários de drogas que vivem nas ruas da cidade.

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A iniciativa, anunciada nas redes sociais pelo prefeito nesta terça-feira (21), busca enfrentar os desafios causados pelo aumento da criminalidade relacionada a pessoas em situação de rua, evidenciado pelo recente latrocínio em Copacabana.


Principais Destaques:

  • Retorno da internação compulsória de usuários de drogas no Rio de Janeiro.
  • Medida busca tratar pacientes em situação grave e sem capacidade de responder por si.

Desafios e Justificativas

O prefeito Eduardo Paes explicou a necessidade de retomar a discussão sobre a internação compulsória, destacando a presença de pessoas nas ruas que recusam qualquer tipo de acolhimento e, muitas vezes, estão envolvidas em atividades criminosas. A proposta visa oferecer tratamento a pacientes em estado grave, incapazes de responder por suas ações, por um curto período.


Principais Destaques:

  • Secretário de saúde destaca aumento da mortalidade entre usuários de drogas.
  • Medida busca reduzir a mortalidade e frear o crescimento da população em situação precária.

Objetivo e desafios jurídicos

O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, enfatizou a intenção de reduzir a mortalidade entre a população em situação de rua, reconhecendo a complexidade jurídica da decisão. Ele ressalta que a medida se aplica apenas a pessoas que não têm condições de responder por si e que estão em situações extremas, como risco iminente de morte devido ao uso de drogas. Apesar dos desafios, Soranz argumenta que a decisão visa salvar vidas em uma população que enfrenta condições de vida precárias.

A iniciativa ocorre em meio a discussões sobre a eficácia e a ética da internação compulsória, ressuscitando um tema que gerou controvérsias e enfrentou oposição judicial no passado. O debate sobre o tratamento da população em situação de rua ganha ainda mais relevância em um contexto onde medidas precisam equilibrar a proteção dos direitos individuais com a urgência em lidar com questões de saúde pública e segurança.