Rio de Janeiro – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou nesta terça-feira (21) a desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), por 90 dias, com redução de salário. A medida é resultado de um processo administrativo disciplinar (PAD) devido a declarações ofensivas contra a vereadora Marielle Franco.
O que você precisa saber:
- Afastamento: Marília de Castro Neves Vieira, por 90 dias.
- Motivo: Declarações ofensivas contra Marielle Franco.
- Decisão: Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
- Salário: Redução durante o afastamento.
Declarações Polêmicas
Após o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018, a desembargadora Marília de Castro Neves Vieira afirmou nas redes sociais que Marielle estava “engajada com bandidos” e foi eleita com a ajuda do Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do país.
Repercussão e Críticas
As declarações de Marília Vieira geraram indignação. “A tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’; ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores”, escreveu Marília. Ela ainda acrescentou: “Temos certeza que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para o seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro.”
Decisão do CNJ
O presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, propôs um afastamento de 180 dias para Marília Vieira, criticando suas declarações como “chocantes vindas de qualquer pessoa”. Barroso também enfatizou: “Calúnia, transfobia, capacitismo e desrespeito aos mortos. Noventa dias é quase um ‘prêmio’ para um comportamento espantoso para uma membra do Poder Judiciário.”