Rio de Janeiro – Os vereadores do Rio de Janeiro, mais uma vez, não votaram o pedido de cancelamento das medalhas Pedro Ernesto concedidas aos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, presos desde março por suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. A votação, esvaziada pela quinta vez, foi proposta pela vereadora Mônica Benício (Psol), viúva de Marielle.
O que você precisa saber
- Tentativa de votação: Apenas 18 dos 40 vereadores presentes votaram, sendo 17 a favor e um absteve-se.
- Necessidade de quórum: São necessários 26 votos para aprovação do cancelamento das medalhas.
- Próxima sessão: O requerimento retornará para votação na próxima sessão, marcada para quarta-feira (29).
- Argumentos contrários: Vereador Waldir Brazão argumenta que os irmãos Brazão não foram condenados e critica repetição de votações.
Vereadores evitam votar cancelamento de medalhas da Câmara do Rio dadas aos irmãos Brazão. Pela 5ª vez! Mas não vamos desistir. https://t.co/53WIQnbqsA
— Monica Benicio 🏳️🌈 (@monica_benicio) May 28, 2024
Argumentos dos vereadores
A favor da revogação
A vereadora Mônica Benício, líder da bancada do Psol, insiste na cassação das honrarias em respeito à memória de Marielle Franco e às acusações graves contra os irmãos Brazão.
Contra a revogação
O vereador Waldir Brazão defende que, sem condenação, os irmãos não devem ser punidos com a retirada das medalhas e critica a insistência da Mesa Diretora em colocar a questão em votação repetidamente.
Contexto das acusações
Os irmãos Brazão, junto com o delegado Rivaldo Barbosa, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como mandantes do homicídio de Marielle Franco e por integrar uma organização criminosa. A denúncia baseia-se na delação do assassino confesso Ronnie Lessa.