Rio de Janeiro – O Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do Brasil, já atua em 24 países, possui mais de 40 mil membros e exporta drogas para os cinco continentes. A organização, originária de São Paulo, ampliou significativamente sua influência e operações internacionais, segundo informações do jornal O Globo.
O que você precisa saber:
- Liderança: Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, é a figura central do PCC.
- Presença Global: Facção tem membros em EUA, Europa e Oriente Médio.
- Faturamento: Estimado em US$ 1 bilhão anual, com 80% vindo do tráfico de drogas.
- História: Fundada em 1993, cresceu após o Massacre do Carandiru.
Origens e Expansão
O PCC foi fundado em 1993 com o objetivo inicial de combater a opressão no sistema prisional. A facção começou a ganhar força após o Massacre do Carandiru, que deixou 111 presos mortos. Inicialmente focada em apoiar presos e suas famílias, a organização rapidamente se voltou para atividades criminosas lucrativas.
LEIA TAMBÉM
- Habeas corpus em que Marcola pedia acesso a seus advogados durante a pandemia é julgado inviável
- ”Uma polícia violenta é a semente das milícias”, diz Bruno Paes Manso no Provoca
- Em livro, Moro diz que Bolsonaro titubeou sobre transferir líderes do PCC
- PF faz ação contra suspeitos de favorecer facção em presídios do Rio
- Dois helicópteros foram atingidos em ações em favelas do Rio de Janeiro
Consolidação no Tráfico
A facção consolidou sua posição em Santos, o maior porto do Brasil, facilitando o tráfico internacional de cocaína. O PCC utiliza estratégias sofisticadas para despachar drogas, como ocultar a carga em contêineres, ganhando a confiança de gângsteres internacionais.
Presença Internacional
O PCC tem laços com grupos mafiosos internacionais, como o clã Šaric da Sérvia e a ‘Ndrangheta da Itália. Em 2021, o governo americano incluiu a facção na lista de bloqueios da Agência de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) devido à sua capacidade de operar em mercados internacionais.
Lavagem de Dinheiro e Diversificação
Além do tráfico de drogas, o PCC lava dinheiro através de atividades lícitas e tem ligações com o Estado em cidades de São Paulo. A facção também diversificou suas operações, utilizando diferentes métodos para despachar drogas e explorando novos portos.