Cassado

TRE cassa mandato do bolsonarista Maurício Marcon

Justiça anula mandato por fraude de gênero nas eleições de 2022

O deputado federal Maurício Marcon, cassado nesta terça-feira (16) em protesto contra o presidente Lula. Reprodução
O deputado federal Maurício Marcon, cassado nesta terça-feira (16) em protesto contra o presidente Lula. Reprodução

Porto Alegre – O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul revogou o mandato do deputado federal Maurício Marcon (Podemos), alegando uso de candidatura fictícia para burlar a cota de mulheres nas eleições de 2022. A decisão também cassou todos os suplentes do partido.

O que você precisa saber

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Motivo da cassação O TRE decidiu que o partido utilizou uma candidatura fictícia para fraudar a cota de mulheres nas eleições, beneficiando diretamente Maurício Marcon.

Votação dos desembargadores Sete desembargadores votaram pela cassação de Marcon e dos suplentes do Podemos. A decisão ainda cabe recurso ao TSE.

Recurso ao TSE Maurício Marcon pretende recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral para tentar reverter a decisão.


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Detalhes da notícia

Decisão do TRE

Nesta terça-feira (16), o TRE do Rio Grande do Sul cassou o mandato de Maurício Marcon, acusando o Podemos de fraude de gênero nas eleições de 2022. O partido teria usado uma candidatura fictícia de uma mulher para cumprir a cota exigida por lei.

Comentários de Maurício Marcon

Maurício Marcon afirmou em vídeo que desconhece a mulher mencionada na acusação e que não participou da campanha dela. Ele disse que recorrerá ao TSE.

Possível recalculo eleitoral

Se o TSE confirmar a cassação, um novo cálculo do quociente eleitoral será necessário, e a cadeira de Marcon poderá ser transferida para outro partido ou coligação.

Quem é Maurício Marcon

Carreira política

Natural de Caxias do Sul, Maurício Marcon é economista e entrou na política como vereador, eleito em 2020 pelo partido Novo. Em 2022, foi eleito deputado federal pelo Podemos, sendo o sétimo mais votado com 140 mil votos.

Posições políticas

Marcon se define como cristão, conservador e defensor do liberalismo econômico. Durante a campanha, defendeu o voto impresso e auditável e a exclusão do direito ao voto para presidiários.

Polêmica com a Bahia

Em fevereiro de 2023, Marcon comparou a Bahia ao Haiti, chamando o estado de “sujo” e “pobre”. A declaração gerou reações e uma investigação da Polícia Civil, posteriormente enviada à Polícia Federal. Marcon afirmou que suas palavras foram distorcidas maldosamente por opositores.