Rio de Janeiro – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da reunião da força-tarefa do G20 para o pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, nesta quarta-feira, 24 de julho. A iniciativa, proposta pela Presidência brasileira do grupo, tem como objetivo estabelecer uma união internacional para obter recursos e conhecimentos para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais eficazes na erradicação da fome e da pobreza no mundo.
“Participar dessa reunião ministerial da Força-Tarefa, que lança as bases para a Aliança contra a Fome e a Pobreza, é um dos momentos mais relevantes dos 18 meses deste meu terceiro mandato. A Aliança será um dos principais resultados da presidência brasileira do G20”, destacou Lula.
Resumo da Notícia
Principais Informações:
- Aliança Global contra a Fome e a Pobreza: Proposta pela Presidência brasileira do G20.
- Apoio Internacional: Brasil e Bangladesh foram os primeiros a integrar a Aliança.
- Resultados no Brasil: Retirada de 24,4 milhões de pessoas da condição de insegurança alimentar severa em 2023.
- Funcionamento: Sedes em Roma e Brasília, operando até 2030.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
Representantes mundiais endossaram a Aliança e adotaram seus documentos fundacionais por aclamação nesta quarta-feira. Brasil e Bangladesh foram os primeiros a integrar a Aliança. A formalização ocorrerá durante a Cúpula dos Chefes de Estado do G20, em novembro, no Rio de Janeiro.
Lula destacou que a decisão do Governo Federal de colocar os pobres no orçamento já resultou na retirada de 24,4 milhões de pessoas da condição de insegurança alimentar severa em 2023. No entanto, mais de 8 milhões de brasileiros ainda enfrentam essa situação. O presidente afirmou que acabar com a fome no Brasil é o compromisso mais urgente de seu governo.
Declarações de Lula
“O mundo necessita de soluções duradouras para o problema da fome. A fome não resulta apenas de fatores externos, mas de escolhas políticas. A Aliança representa uma estratégia de conquista da cidadania”, disse Lula. O presidente também mencionou ações federais bem-sucedidas no enfrentamento à pobreza, como o Bolsa Família, a valorização do salário mínimo, e programas de alimentação escolar.
Estrutura e Funcionamento da Aliança
A Aliança será gerida com base em um secretariado alojado nas sedes da FAO em Roma, na Itália, e em Brasília (DF). A estrutura será pequena, eficiente e provisória, formada por pessoal especializado, e funcionará até 2030. Metade dos seus custos será coberta pelo Brasil. A iniciativa não criará fundos novos, mas direcionará recursos globais e regionais já existentes.
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Apoio Internacional
Antes do evento, Lula se encontrou com o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, que declarou apoio à Aliança e elogiou o Bolsa Família. Banga afirmou que o programa brasileiro é um exemplo de política social bem-sucedida.
Relatório SOFI 2024
No mesmo dia, ocorreu o lançamento da edição 2024 do Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (SOFI 2024). O relatório mostra que a insegurança alimentar severa caiu 85% no Brasil em 2023, com 14,7 milhões de pessoas deixando de passar fome no país.
Desafios Globais e Soluções
Lula destacou que o mundo produz alimentos suficientes para erradicar a fome, mas falta criar condições de acesso. Ele criticou os gastos com armamentos, que subiram 7% no último ano, totalizando 2,4 trilhões de dólares, e defendeu a promoção de uma governança global mais efetiva.
Perguntas Frequentes
1. O que é a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza? É uma iniciativa liderada pelo Brasil no G20 para erradicar a fome e a pobreza globalmente.
2. Quem declarou apoio à Aliança? O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e representantes de diversos países e organizações internacionais.
3. Como a Aliança será financiada? Com recursos globais e regionais já existentes, direcionados para a Aliança.
4. Qual é o objetivo principal da Aliança? Erradicar a fome e a pobreza por meio de políticas públicas e tecnologias sociais eficazes.
5. Quais são os resultados esperados no Brasil? Retirada do Brasil do Mapa da Fome e redução significativa da insegurança alimentar.
