“Maré Vermelha” coloca litoral do sudeste em alerta

Depois de ser registrada em Santa Catarina, fenômeno pode chegar às praias paulistas

Fernando Ringel
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Embora muitos pensem que se trata de política, “Maré Vermelha” é um fenômeno que deixa a água alaranjada e, em julho, foi avistado em Florianópolis e Balneário Camboriú. De acordo com o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), foi resultado da proliferação de microalgas na água, deu muita dor de cabeça por lá e agora que está tirando o sono de muita gente também no litoral de São Paulo.

No caso, a prefeitura de Peruíbe está preparada para uma possível ocorrência do fenômeno. O Serviço Municipal de Vigilância Epidemiológica declarou que até foi foram registrados casos de alga tóxica até o momento, mas a cidade está preparada.

“Em qualquer ocorrência, o setor orienta entrar em contato e, em caso de pacientes sintomáticos, a Vigilância informa que os profissionais já estão alertados e preparados para atender qualquer caso de diarreia que venha a ocorrer em razão de contato com estas algas”, informa a nota.

Por que o medo da “Maré Vermelha”?

É um fenômeno que ocorre como consequência da fotossíntese das microalgas presentes no oceano, que pode durar entre 12 e 48 horas. Elas provocam a intoxicação dos banhistas por meio do consumo de frutos-do-mar contaminados, além de irritação respiratória em função das toxinas presentes no ar.

No início do ano, o fenômeno foi registrado em Alagoas e Pernambuco, fazendo com que mais de 300 banhistas procurassem atendimento médico.


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Os principais sintomas são: náusea, tontura, dor abdominal, dor de cabeça e diarreia. A recomendação, é evitar permanecer em trechos de praia em que o mar apresente coloração e odor diferente e informar os órgãos ambientais sobre a ocorrência.

O fenômeno também é registrado em outras partes do planeta, como Japão e Austrália, e é favorecido pelas mudanças climáticas.


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