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sábado, janeiro 11, 2025
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Polícia resgate bebê usado pela mãe para pagar dívida com traficantes

Apenas 20 dias após seu nascimento, um bebê de Manaus, Amazonas, já tem uma história triste para contar pelo resto da vida. Entregue como pagamento de dívidas da sua mãe, de 19 anos, ela foi resgatada na terça-feira (20).

Segundo a Polícia Civil, a mãe é dependente química e a entregou para duas irmãs, uma de 22 e outra com 24 anos, que foram presas.  Durante o resgate, foram cumpridos cinco mandados: dois de prisão temporária e três para busca e apreensão.

Conforme declaração da delegada Juliana Tuma, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), a mãe disse que o bebê havia morrido, mas acabou denunciada por um familiar. “Chegou a apresentar, inclusive, uma declaração de óbito falsa em formato digital”, relatou em entrevista coletiva.

Inicialmente, a hipótese era de que o bebê foi adotado ilegalmente, mas durante as investigações foi possível chegar à conclusão de que era um caso de tráfico de pessoas.

“Fomos em busca de informações desde quando o caso iniciou. Ou seja, em resumo, a jovem deu entrada em uma maternidade localizada na zona norte de Manaus com um nome falso, e saiu de lá em um sábado, dia em que o cartório da maternidade não funcionava, para que não fosse necessário registrá-lo. Dias depois, ela inventou para a família que o bebê teria falecido”, explicou a delegada.


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Como foi o resgate?

A criança foi encontrada com uma das receptadoras, na Zona Norte da capital do Amazonas. Na casa, também foram localizadas drogas. Conforme apuração da polícia, a mulher mais nova fez a negociação com a mãe, mas o bebê ficou com a receptadora mais velha. No local foram identificados um atestado de óbito falso, além de outros documentos referentes à menina. Agora, o Juizado da Infância e da Juventude vai decidir quem terá a guarda legal dela.

Segundo a delegada, a mãe se arrependeu e pediu o bebê de volta, mas foi ameaçada de morte. “Estava sob ameaça. Nós temos acesso a várias mensagens ameaçadoras pesadas”, explica a responsável pela investigação.

As duas irmãs devem responder pelos crimes de tráfico de pessoas e falsificação de documento público. Uma delas já tem antecedentes criminais por tráfico de drogas. Ambas permanecem à disposição da Justiça. A mãe também será julgada pelos crimes de tráfico de drogas e falsidade ideológica.

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