O estado do Rio de Janeiro registrou um aumento no número de incêndios florestais em 2024, com um salto de 83,2% nas ocorrências entre janeiro e agosto em comparação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros, a corporação atendeu a 13.595 chamados relacionados a queimadas em vegetação nos primeiros oito meses deste ano, um acréscimo de 6.178 ocorrências em relação ao mesmo intervalo de 2023, quando foram contabilizados 7.417 casos.
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O porta-voz do Corpo de Bombeiros, major Fábio Contreiras, destacou que a principal causa desses incêndios é a ação humana, seja de forma acidental ou proposital. “Noventa e cinco por cento dos incêndios no Rio de Janeiro são causados por seres humanos. É fundamental lembrar que o balão é um dos grandes vilões. Soltar balão é crime, e isso precisa ser entendido pela população”, disse o major.
“O mato não pega fogo sozinho, a menos que atinja temperaturas entre 260 e 400 graus Celsius, algo muito raro, mesmo em dias extremamente quentes. Por isso, a prevenção é crucial”, ressaltou.
Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros
Entre as cidades mais afetadas, o município do Rio de Janeiro lidera com 4.513 ocorrências, seguido por São Gonçalo (569) e Duque de Caxias (561). Outros municípios como Maricá, Nova Iguaçu, Niterói, Araruama, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes e Volta Redonda também figuram no ranking das áreas com maior incidência de queimadas.
Para combater os focos de incêndio, o Corpo de Bombeiros atua tanto por terra quanto pelo ar, utilizando aeronaves, drones e viaturas especializadas. Além das operações de combate, a corporação tem intensificado campanhas de prevenção, utilizando as redes sociais para alertar a população sobre os riscos de práticas que podem resultar em grandes desastres ambientais.