Rio de Janeiro — A pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) revela que a inflação dos alimentos registrou deflação de -0,45% na primeira semana de setembro. A queda nos preços beneficia principalmente as famílias de baixa renda, confirmando a tendência já observada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Resumo da Notícia
- Inflação negativa: Os alimentos tiveram queda de -0,45% em 30 dias até o início de setembro, segundo a FGV.
- Hortaliças e legumes: Esse grupo registrou a maior baixa, com uma deflação de 15,90%.
- Impacto para famílias de baixa renda: Pesquisas do Ipea já indicavam a tendência de queda nos preços dos alimentos desde junho, beneficiando especialmente quem ganha menos.
- Crise no Rio Grande do Sul: A previsão de alta nos preços por conta das chuvas no estado não se concretizou, devido à ajuda federal e à diversificação de fornecedores.
Preços de alimentos registram deflação em setembro
A mais recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) revelou uma deflação de -0,45% no grupo Alimentação durante os 30 dias até a primeira semana de setembro. O maior impacto foi observado no preço de hortaliças e legumes, que tiveram uma queda expressiva de 15,90%.
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Essa redução foi verificada apesar da crise agrícola no Rio Grande do Sul, um dos principais produtores de alimentos do Brasil, que sofreu com fortes chuvas no mês de maio. A expectativa de que isso provocaria uma alta nos preços não se confirmou, em parte graças às ações do Governo Federal para suprir a demanda com alimentos de outras regiões produtoras e os programas de apoio à agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Benefícios para famílias de baixa renda
Os dados mais recentes do Ipea já indicavam uma tendência de queda na inflação dos alimentos desde julho. Essa deflação tem sido particularmente benéfica para as famílias de renda baixa e muito baixa. Em julho, por exemplo, a taxa de inflação geral para essas famílias foi de 0,09% e 0,18%, respectivamente, com uma tendência de queda desde junho.
Impacto da crise no Rio Grande do Sul e ações do governo
O Rio Grande do Sul, importante produtor de alimentos, enfrentou uma crise após ser atingido por chuvas intensas em maio. Havia um temor de que isso poderia causar uma onda de inflação, especialmente nos preços dos alimentos. No entanto, as previsões não consideraram totalmente as medidas tomadas pelo governo para estabilizar o mercado, como a liberação de recursos federais e a diversificação dos fornecedores, além do aumento nas compras de alimentos da agricultura familiar.
Hortaliças e legumes lideram queda de preços
A maior queda nos preços foi registrada no setor de hortaliças e legumes, que apresentou uma deflação de 15,90%. Essa baixa significativa contribuiu para o saldo geral negativo no índice de alimentos.
Perguntas Frequentes sobre a queda na inflação dos alimentos
O que significa deflação no preço dos alimentos?
Deflação é a redução geral nos preços dos alimentos, o que indica que eles ficaram mais baratos em comparação ao período anterior.
Quais alimentos tiveram a maior queda de preço?
Hortaliças e legumes foram os alimentos com maior queda de preço, com deflação de 15,90% no período analisado.
Como isso afeta as famílias de baixa renda?
A queda nos preços dos alimentos reduz o custo de vida para famílias de baixa renda, que são as mais afetadas pela inflação.