Força indígena

Metade dos brigadistas que combatem incêndios no Brasil são indígenas, diz Ibama

Presidente do Ibama destaca que 50% dos brigadistas são indígenas, enquanto 20% são quilombolas, ressaltando a importância de seus conhecimentos na preservação das florestas

Mayangdi Inzaulgarat/Ibama
Mayangdi Inzaulgarat/Ibama

Brasília – Com uma grande estrutura mobilizada, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) enfrenta o desafio de combater as queimadas que assolam o Brasil. Atualmente, mais de 3.245 brigadistas, 700 fiscais, 1.100 viaturas, além de 22 aeronaves e 40 embarcações, estão atuando em todo o país. No entanto, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, enfatiza que, mesmo com essa força-tarefa, a situação é crítica e complexa.


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Resumo da Notícia

  • 50% dos brigadistas no combate aos incêndios são indígenas e 20% quilombolas.
  • Mais de 3.245 brigadistas estão mobilizados em todo o Brasil.
  • Incêndios exigem uma operação logística robusta, com 1.100 viaturas, 22 aeronaves e 40 embarcações.
  • Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, alerta para a dificuldade de aumentar o número de brigadistas devido aos riscos da função.

Indígenas e quilombolas na linha de frente

De acordo com Rodrigo Agostinho, a participação de indígenas e quilombolas no combate aos incêndios é crucial. Eles representam, respectivamente, 50% e 20% dos brigadistas, o que contribui para o sucesso das operações em áreas florestais. O conhecimento tradicional desses grupos facilita o deslocamento e a atuação em regiões de difícil acesso, como salientou o presidente do Ibama.


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Desafios de expandir a operação

Apesar da grande mobilização, Rodrigo Agostinho explica que ampliar o número de brigadistas é um processo complexo e perigoso. “Não podemos colocar pessoas sem experiência para enfrentar o fogo. É arriscado e envolve um grande preparo. O treinamento é essencial, pois há um risco real de morte”, afirmou Agostinho, destacando a tragédia recente que ocorreu na Chapada dos Guimarães (MT), onde um jovem brigadista perdeu a vida.

Além disso, o presidente apontou que, apesar do número recorde de brigadistas neste ano, isso gera dificuldades logísticas em termos de transporte e alimentação para todos. A logística de manter uma equipe tão grande em operação é outro obstáculo enfrentado pela instituição.


Comparações com outros países

Agostinho também fez uma comparação com outros países, mencionando que algumas nações têm números significativamente maiores de brigadistas e investem mais recursos no combate a incêndios florestais. No entanto, ele destacou que apenas aumentar o número de profissionais não resolveria o problema por completo. Em São Paulo, por exemplo, há cerca de 9 mil bombeiros, mas a estrutura ainda enfrenta dificuldades em atender à demanda de incêndios florestais.


Perguntas Frequentes sobre os brigadistas no combate a incêndios

Quem são os brigadistas que atuam no combate aos incêndios?
Segundo o presidente do Ibama, 50% dos brigadistas são indígenas e 20% são quilombolas. Eles possuem um profundo conhecimento das florestas, o que facilita suas operações em áreas de difícil acesso.

Quantos brigadistas estão em operação atualmente?
Atualmente, há 3.245 brigadistas atuando no combate aos incêndios florestais em todo o Brasil, junto com 700 fiscais, 1.100 viaturas, 22 aeronaves e 40 embarcações.

Quais são os principais desafios no combate aos incêndios?
Um dos maiores desafios é a logística necessária para sustentar uma força-tarefa tão grande, além da dificuldade em aumentar o número de brigadistas qualificados. O treinamento é essencial para evitar riscos à vida dos profissionais.

Há riscos no trabalho dos brigadistas?
Sim. O trabalho de combate a incêndios é extremamente perigoso. Recentemente, um brigadista morreu em um incêndio na Chapada dos Guimarães, o que ressalta a necessidade de experiência e treinamento.