Apoio às vítimas

MPF cobra implementação da Casa da Mulher Brasileira no Rio de Janeiro

Equipamento de apoio às mulheres vítimas de violência permanece sem execução apesar de ser fundamental para enfrentar o aumento da violência

Em 2023, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública registrou 258.941 casos de violência doméstica - Foto: krakenimages.com no Freepick
Em 2023, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública registrou 258.941 casos de violência doméstica - Foto: krakenimages.com no Freepick

Rio de Janeiro – O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública para que a Casa da Mulher Brasileira seja finalmente implementada no Rio de Janeiro.

Hello Bet
Hello Bet

O projeto, que deveria integrar diversos serviços de apoio às mulheres vítimas de violência, aguarda execução desde 2013.

O órgão pede que a União, o Estado e o Município apresentem um cronograma para a conclusão do equipamento, com prazo máximo de dois anos.


Resumo da Notícia

  • O quê: Ação do MPF para implementação da Casa da Mulher Brasileira no Rio
  • Quem: MPF, União, Estado e Município do Rio de Janeiro
  • Quando: Equipamento previsto desde 2013, ação ajuizada em 2023
  • Por quê: Resposta ao aumento da violência contra as mulheres
  • Onde: Rio de Janeiro

MPF exige resposta imediata ao aumento da violência contra mulheres

A ação do MPF se baseia no crescente número de casos de violência doméstica e sexual no Brasil. Em 2023, o país registrou 258.941 casos de violência doméstica, um aumento de 9,8% em relação ao ano anterior, além de um estupro a cada seis minutos, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Para o MPF, a criação da Casa da Mulher Brasileira se tornou urgente para oferecer proteção às mulheres em situação de risco. O espaço, que reuniria serviços de acolhimento, assistência psicossocial e jurídica em um único local, foi formalmente instituído pelo decreto nº 8.086/2013 da Presidência da República, mas nunca saiu do papel no Rio de Janeiro.


LEIA TAMBÉM

O procurador Julio José Araujo Junior, que assina a ação, destacou a necessidade de atuação do poder público para enfrentar essa realidade. “O Estado precisa agir proativamente para proteger os direitos fundamentais das mulheres. A Casa da Mulher Brasileira é essencial para garantir dignidade e segurança”, disse.

Promessas não cumpridas

Mesmo com a assinatura de um Termo de Adesão ao programa em 2013 e a designação de um imóvel para a construção da Casa, o projeto não avançou. A responsabilidade de construir e equipar o local era da então Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), enquanto cabia ao governo estadual e à prefeitura fornecer recursos humanos e coordenar sua implementação.

Apesar de reuniões e compromissos firmados, nenhum avanço significativo foi feito, e a Casa da Mulher Brasileira permanece apenas no papel.


Perguntas frequentes sobre a Casa da Mulher Brasileira no Rio de Janeiro

O que é a Casa da Mulher Brasileira?

A Casa da Mulher Brasileira é um equipamento público que integra diversos serviços de acolhimento, assistência psicossocial, jurídica e de segurança para mulheres vítimas de violência, reunindo tudo em um único espaço.

Por que o projeto está atrasado no Rio de Janeiro?

Apesar de o projeto estar previsto desde 2013, a falta de execução do poder público em dar continuidade à obra, mesmo com um Termo de Adesão e imóvel designado, resultou no atraso.

Qual é a importância da Casa da Mulher Brasileira?

O espaço é essencial para oferecer um atendimento integrado e especializado às mulheres em situação de vulnerabilidade, garantindo sua segurança e apoio psicológico e jurídico.

O que o MPF pede na ação judicial?

O MPF requer que a União, o Estado e o Município do Rio apresentem um cronograma de execução, com prazo máximo de dois anos para a conclusão da Casa, além de multas diárias caso os prazos não sejam cumpridos.