Nicarágua rompe relações diplomáticas com Israel: ‘Fascista e genocida’

Redacao
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Resumo da Notícia

A Nicarágua, liderada pelo presidente Daniel Ortega, rompeu oficialmente suas relações diplomáticas com Israel, acusando o governo israelense de “fascismo e genocídio” em Gaza. A decisão segue a crescente oposição na América Latina contra a ofensiva militar israelense, com países como Colômbia e Bolívia já tendo cortado laços diplomáticos. O governo nicaraguense também encaminhou uma denúncia ao Tribunal Internacional de Justiça, acusando a Alemanha de apoiar Israel através da exportação de armas, mas a queixa foi rejeitada.

Manágua – O governo da Nicarágua anunciou oficialmente, nesta sexta-feira (11), o rompimento de suas relações diplomáticas com Israel, em resposta ao conflito contínuo na Faixa de Gaza. A decisão foi comunicada pela vice-presidente e primeira-dama Rosario Murillo, que reforçou as acusações do presidente Daniel Ortega contra o governo israelense, classificando-o como “fascista e genocida”.

Embora as relações entre os dois países já fossem mínimas, o anúncio reflete o crescente isolamento diplomático de Israel na América Latina. Recentemente, outros países, como Colômbia e Bolívia, tomaram medidas similares em protesto contra a escalada do conflito na região.

Crescente Isolamento de Israel na América Latina

Nas últimas semanas, a oposição à ofensiva israelense em Gaza se intensificou na América Latina. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, já havia rompido relações diplomáticas e suspendido contratos de armamentos com Israel. Outros países, como o Chile e o Brasil, adotaram posturas críticas, mas ainda não romperam formalmente os laços diplomáticos.

O governo chileno, liderado por Gabriel Boric, que abriga a maior comunidade palestina fora do Oriente Médio, se posicionou contra a guerra, mas tem hesitado em seguir o caminho da ruptura. Da mesma forma, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, embora declarado persona non grata por Israel, ainda mantém relações diplomáticas.

Denúncias Internacionais

Além de romper relações diplomáticas, a Nicarágua encaminhou recentemente uma denúncia ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), acusando a Alemanha de cumplicidade na exportação de armas para Israel. Contudo, essa queixa foi indeferida pela corte. Outro processo, liderado por Colômbia, Brasil e Chile, acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza e segue em andamento no tribunal de Haia.

Segundo dados de organizações internacionais, após um ano de conflito em Gaza, mais de 42 mil pessoas perderam a vida, e outros 98 mil ficaram feridos, com cerca de 2 milhões de desabrigados. A ofensiva israelense continua, apesar das resoluções internacionais que pedem cessar-fogo e fornecimento de ajuda humanitária.

Perguntas Frequentes sobre o Rompimento de Relações entre Nicarágua e Israel

Por que a Nicarágua rompeu relações com Israel?
O governo nicaraguense, liderado por Daniel Ortega, acusou Israel de genocídio em Gaza e decidiu cortar os laços diplomáticos em protesto contra a ofensiva militar na região.

Outros países latino-americanos também romperam com Israel?
Sim, a Colômbia e a Bolívia já romperam relações diplomáticas com Israel. O Chile e o Brasil têm se posicionado contra a guerra, mas ainda mantêm os laços diplomáticos.

A denúncia da Nicarágua contra a Alemanha foi aceita?
Não, a denúncia contra a Alemanha no Tribunal Internacional de Justiça foi indeferida. No entanto, outro processo liderado por países latino-americanos ainda está em andamento.

Quais são os impactos do conflito em Gaza?
O conflito já causou mais de 42 mil mortes, além de 98 mil feridos e 2 milhões de desabrigados em Gaza, sob um bloqueio militar que impede o acesso a comida, água e medicamentos.

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