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sexta-feira, janeiro 10, 2025
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Bolsonaro reage a indiciamento e critica “PF criativa” de Moraes

BrasíliaJair Bolsonaro se manifestou nesta sexta-feira (18) sobre o iminente indiciamento pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022, após sua derrota nas eleições para Lula.

O ex-presidente criticou a investigação, chamando-a de criação da “PF criativa de Alexandre de Moraes“, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e negou ter tomado qualquer medida para decretar Estado de Sítio no país, conforme sugerido em uma minuta golpista encontrada com seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.

“Não existe decreto de Estado de sítio. O presidente que quiser decretar isso deve enviar uma exposição de motivos ao Congresso, ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa. Nunca tomei nenhuma medida concreta sobre isso”, afirmou Bolsonaro à reportagem em um telefonema.

Bolsonaro nega acusações e reforça leitura da Constituição

Além de negar as acusações, Bolsonaro destacou que qualquer condenação futura teria como objetivo “reforçar sua inelegibilidade”. Ele já havia sido considerado inelegível em processos anteriores. O ex-presidente também afirmou que nunca desrespeitou a Constituição, livro que, segundo ele, era sua “leitura de cabeceira e de banheiro”, sempre reafirmando que agiu “dentro das quatro linhas”.

Bolsonaro reforçou que não há nada de concreto contra ele, afirmando que a investigação é uma “tempestade dentro de uma garrafa plástica”.

Indiciamento iminente pela Polícia Federal

A Polícia Federal planeja indiciar o ex-presidente Bolsonaro, juntamente com outros nomes importantes de seu governo, incluindo os ex-ministros e generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira. Todos serão investigados pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

De acordo com a PF, existem provas suficientes que mostram a participação ativa de Bolsonaro e seus aliados na trama golpista, especialmente após a derrota no segundo turno das eleições. Mensagens recentes revelam o envolvimento de Bolsonaro com a minuta que previa um Estado de Sítio e uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem, ambos destinados a contestar o resultado das eleições de forma inconstitucional.

Pressão sobre os militares

A situação de Bolsonaro se agravou ainda mais com os depoimentos dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, e da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro Carlos Baptista Júnior, que confirmaram ter sofrido pressão direta de Bolsonaro para apoiar um golpe de Estado que o manteria no poder. No entanto, ambos teriam recusado a proposta, isolando ainda mais o ex-presidente.


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Perguntas Frequentes sobre o indiciamento de Bolsonaro

Quem será indiciado pela Polícia Federal?
Além de Jair Bolsonaro, os indiciados incluem ex-ministros e generais como Augusto Heleno, Walter Braga Netto, Anderson Torres, Almir Garnier Santos e Paulo Sérgio Nogueira.

Qual é a principal acusação contra Bolsonaro?
Bolsonaro é acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, com base em uma minuta que sugeria o decreto de Estado de Sítio para contestar os resultados das eleições de 2022.

O que Bolsonaro disse sobre as acusações?
Bolsonaro negou qualquer envolvimento com a minuta golpista e afirmou que nunca agiu fora dos limites constitucionais, acusando o processo de ser uma manobra para reforçar sua inelegibilidade.

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