O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, classificou o ataque que deixou três mortos na Avenida Brasil como “terrorismo”. O confronto ocorreu durante uma operação policial que visava capturar o traficante Peixão. Cinco pessoas foram baleadas, e o governador cobrou ajuda do governo federal para conter a entrada de armas e drogas no estado.
Rio de Janeiro – O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), declarou nesta quinta-feira, 24 de outubro, que o ataque de criminosos na Avenida Brasil, que deixou três mortos e feridos, foi um “ato de terrorismo”.
O confronto ocorreu durante uma operação policial que visava capturar o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, chefe do Complexo de Israel.
“Tivemos uma reação desproporcional. Foram mais de 15 ações anteriores na Cidade Alta sem algo semelhante a isso. Não dá para classificar de outra forma, foi terrorismo”, afirmou Castro após uma reunião no Palácio Guanabara com a cúpula da Segurança Pública.
Reação violenta dos criminosos
O ataque aconteceu após a Polícia Militar se aproximar de capturar Peixão, chefe da facção Terceiro Comando Puro (TCP). Segundo o governador, criminosos atiraram deliberadamente em trabalhadores que passavam pela via, com o objetivo de dispersar a operação policial. “Eles atiraram a esmo para acertar pessoas inocentes”, declarou Castro.
Cinco pessoas que estavam em veículos na Avenida Brasil, incluindo um ônibus e um carro de aplicativo, foram baleadas. Três morreram e outras duas ficaram feridas. Um suspeito também foi atingido e está hospitalizado sob custódia.
Investimento em segurança
Cláudio Castro destacou o investimento de R$ 4 bilhões no plano de segurança pública do Rio de Janeiro. Ele reforçou que a resposta das forças policiais será “dura” e que os responsáveis pelo ataque não ficarão impunes. “Não foi confronto, foi terrorismo, assassinato dessas pessoas”, disse o governador.
Cobrança ao governo federal
Castro aproveitou para reiterar a necessidade de colaboração do governo federal no combate à violência no estado, especialmente no controle da entrada de armas e drogas. “Essas armas e drogas não são produzidas no Rio. Elas entram por portos e aeroportos federais”, afirmou. Ele também citou que, somente em 2024, foram apreendidos 540 fuzis e 55 toneladas de drogas no estado.
Reunião com a cúpula da Segurança
A reunião com a cúpula da Segurança Pública do Rio contou com a presença de importantes autoridades, como o secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, e o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
O governador expressou solidariedade às famílias das vítimas e afirmou que o estado está à disposição para auxiliá-las.
“Essas pessoas não morreram em troca de tiros. Elas foram assassinadas pelo tráfico de drogas. Isso é um reflexo da violência crescente nas comunidades”, enfatizou Castro.
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Perguntas frequentes sobre o caso
O que motivou o ataque na Avenida Brasil?
O ataque foi uma reação dos criminosos à operação policial que visava capturar o traficante Peixão, chefe do Complexo de Israel.
Quantas pessoas foram baleadas no ataque?
Cinco pessoas foram baleadas, das quais três morreram e duas ficaram feridas. Um suspeito também foi atingido e está sob custódia.
Qual a posição do governador sobre o ataque?
Cláudio Castro classificou o ataque como “terrorismo” e afirmou que haverá uma resposta firme das polícias.
O governo estadual pede ajuda ao governo federal?
Sim, o governador Cláudio Castro cobrou a colaboração do governo federal, especialmente no controle de armas e drogas que entram no Rio de Janeiro.