O ministro de estado da secretaria de comunicação social da presidência, Paulo Pimenta, disse que os suspeitos presos pela Polícia Federal (PF) na operação realizada nesta terça-feira (19), teriam planejado um “assassinato” contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Estamos falando de uma ação planejada para assassinar o presidente da República, o vice-presidente e o ministro Alexandre de Moraes. Eles pretendiam realizar essa ação antes da posse, mas ajustaram o plano para o dia 15 de dezembro, logo após a diplomação. Isso demonstra que não eram manifestações pacíficas, mas uma tentativa concreta de golpe de Estado”, declarou o ministro.
Entre os presos estão o general da reserva Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, os majores Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira, além do policial federal Wladimir Matos Soares.
De acordo com Pimenta, o grupo planejava executar o ataque no dia 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação dos eleitos.
“Estamos falando de uma ação concreta, planejada para atingir diretamente o presidente, o vice e o ministro Alexandre de Moraes. Esses episódios demonstram que não se tratava de protestos pacíficos, mas de uma tentativa real de golpe”, declarou o ministro.
O ministro destacou a conexão entre as ações planejadas e outros episódios ocorridos no mesmo período, como a tentativa de explosão de um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília.
“Os fatos se relacionam. Há uma ligação direta entre os financiadores dos acampamentos em frente aos quartéis e os envolvidos nesses planos criminosos. É necessário que todos sejam responsabilizados por seus atos”, relatou o ministro.
Pimenta também chamou a atenção para o envolvimento de figuras próximas ao governo Bolsonaro.
“Um dos generais presos era secretário executivo da Secretaria de Governo e atuava dentro do Palácio do Planalto. Os coronéis fazem parte de áreas sensíveis do Exército, ligadas a operações especiais. Isso evidencia a gravidade do caso e reforça a necessidade de aprofundar as investigações”, afirmou.
Ele defendeu que não haja anistia para os envolvidos. “Crimes contra a democracia não podem ser tolerados. Precisamos garantir que essas pessoas sejam identificadas e punidas para que episódios como esse não se repitam”, falou.
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Sobre as instituições às quais os suspeitos pertencem, o ministro afirmou que cabe ao Exército e à Polícia Federal conduzir investigações internas.
“A partir do momento em que essas informações vêm à tona, acredito que procedimentos serão adotados para apurar a conduta dessas pessoas e suas relações”, disse Pimenta.
O caso segue sob investigação da Polícia Federal, que apura a conexão entre os episódios de dezembro de 2022 e os atos de 8 de janeiro de 2023.
A operação desta terça-feira representa um avanço na identificação de envolvidos em ações golpistas e na responsabilização de suspeitos.