PSOL pede prisão de Bolsonaro e Braga Netto ao STF

Partido destaca provas da Operação Contragolpe e acusações graves de golpismo.

Redacao
Por Redacao
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Brasília – O PSOL protocolou duas petições no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando as prisões preventivas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do general Walter Braga Netto, ex-vice na chapa de Bolsonaro.

A ação se baseia em investigações da Operação Contragolpe, que apontam para um plano golpista para manter Bolsonaro no poder, envolvendo o assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

O partido anexou provas reunidas pela Polícia Federal, incluindo declarações de Braga Netto que seriam, segundo a bancada, de natureza conspiratória.

Uma fala do general em novembro de 2022, no Palácio da Alvorada, foi destacada: “Vocês, não percam a fé. É só o que eu posso falar agora.” Segundo o PSOL, o general teria oferecido sua casa para uma reunião onde o plano foi discutido.

Pedido reforça gravidade das ações golpistas

Na petição, o PSOL afirma que Braga Netto desempenhou papel central no suposto complô. Ele seria responsável por organizar um “grupo de crise” que assumiria o controle caso os atentados fossem realizados. A sigla enfatiza que, enquanto outros envolvidos estão presos, a liberdade de Braga Netto coloca em risco as investigações.

A líder da bancada do PSOL, Erika Hilton, destacou a gravidade do caso:

“Estamos lidando com uma organização criminosa que incentivou atentados contra autoridades da República. É inaceitável que pessoas envolvidas nesse nível de conspiração permaneçam livres.”

Medidas solicitadas no STF

Além das prisões preventivas de Bolsonaro e Braga Netto, a bancada pede:

  • Buscas e apreensões em endereços ligados aos dois.
  • Quebra de sigilos telefônico e telemático.

O partido argumenta que essas medidas são indispensáveis para preservar as investigações e evitar novos crimes.

Parlamentares que assinam o pedido

O pedido conta com a assinatura de Erika Hilton, Henrique Vieira, Célia Xakriabá, Luciene Cavalcante, Fernanda Melchionna, Chico Alencar, Glauber Braga, Ivan Valente, Luiza Erundina, Sâmia Bomfim, Talíria Petrone, Tarcísio Motta e Túlio Gadelha (Rede).

Entenda a Operação Contragolpe

Lançada pela Polícia Federal, a operação investiga um esquema articulado no final de 2022, que incluía ataques contra autoridades eleitas e tentativas de impedir a posse de Lula. As ações envolviam militares das Forças Especiais e agentes federais.

Entenda, saiba mais tire suas dúvidas

O que é a Operação Contragolpe?
Uma investigação da PF sobre um plano golpista para manter Bolsonaro no poder, envolvendo ameaças à democracia e tentativas de assassinato.

Quais são as acusações contra Braga Netto?
Ele teria oferecido sua casa para reuniões golpistas e seria o coordenador de um “grupo de crise” no suposto golpe.

Por que o PSOL pede as prisões preventivas?
O partido alega que as lideranças do grupo podem atrapalhar investigações ou planejar novos crimes.

Bolsonaro também é investigado?
Sim, a PF apura seu envolvimento em atos antidemocráticos e omissões que permitiram o avanço de tramas golpistas.

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