São Paulo – 9 de dezembro de 2024 – O dólar comercial fechou a segunda-feira em alta, cotado a R$ 6,082, atingindo um novo recorde nominal desde a criação do Plano Real.
A moeda americana iniciou o dia em queda, chegando a R$ 6,04, mas reverteu o movimento após a piora no cenário internacional e incertezas domésticas.
Já o índice Ibovespa, principal da bolsa brasileira, subiu 1% e encerrou o pregão com 127.210 pontos, impulsionado por estímulos econômicos anunciados na China.
Oscilações no dólar e incertezas fiscais
A cotação do dólar oscilou ao longo do dia. Pela manhã, a moeda recuou diante das medidas de estímulo econômico na China, que favoreceram mercados emergentes como o Brasil. Contudo, durante a tarde, o dólar voltou a ganhar força internacionalmente, enquanto as taxas dos títulos do Tesouro dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, subiram.
No Brasil, as incertezas sobre o pacote fiscal apresentado pelo governo ao Congresso contribuíram para manter a volatilidade. O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, reuniu-se com parlamentares do PT para buscar apoio a medidas que restringem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), tema que enfrentou críticas públicas do partido no fim de semana.
- Novo coronavírus muda sistema de negócios no comércio exterior
- Bahia: Preços derrubam participação do agronegócio no PIB, mas produção e produtividade seguem em alta
- Dólar inicia a semana cotado a R$ 5,10
- FGV: corrente de comércio tem o maior valor da série iniciada em 1997
- FGV: corrente de comércio tem o maior valor da série de origem em 1997
Bolsa avança com commodities e estímulos da China
A bolsa brasileira teve um dia positivo, fechando acima dos 127 mil pontos, impulsionada pelo desempenho das commodities. A alta nos preços de bens primários beneficiou ações de petroleiras e mineradoras, setores com grande peso no Ibovespa.
O governo chinês anunciou novas medidas de estímulo para aquecer sua economia, o que gerou impacto positivo em mercados emergentes. Como maior comprador de produtos agrícolas e minerais, a China favoreceu uma valorização nas empresas brasileiras exportadoras desses itens.
Entenda o caso: dólar recorde e alta na bolsa
- Dólar recorde: Fechou em R$ 6,082, maior valor nominal desde o Plano Real.
- Alta do Ibovespa: Subiu 1%, encerrando aos 127.210 pontos.
- Cenário externo: Estímulos na China ajudaram mercados emergentes pela manhã.
- Incertezas fiscais: Debate no Brasil sobre restrições ao BPC trouxe volatilidade.
- Commodities: Minério de ferro e petróleo impulsionaram empresas brasileiras.