Síria em transição: al-Bashir assume liderança interina

Líder rebelde promete reconstrução enquanto EUA e UE monitoram

Redacao
Por Redacao - Equipe
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Damasco – O novo líder interino da Síria, Mohammed al-Bashir, assumiu o comando do país após a fuga de Bashar al-Assad.

Ele liderará o governo até março, contando com o apoio de antigos rebeldes, incluindo o grupo Hayat Tahrir al Sham (HTS).

Al-Bashir prometeu estabilidade durante a transição e pediu colaboração do governo anterior para organizar os ministérios.

O líder rebelde Abu Mohammed al-Jolani garantiu que a Síria será reconstruída e pediu confiança da comunidade internacional. Enquanto isso, ataques aéreos israelenses intensificaram a tensão na região.

Al-Bashir lidera transição até março

O governo provisório, liderado por al-Bashir, iniciou os trabalhos de organização ministerial. Ele destacou que a gestão será temporária até que as questões constitucionais sejam resolvidas em 2025. Durante uma reunião em Damasco, ele pediu apoio do governo anterior para garantir uma transição tranquila.

Além disso, al-Bashir ressaltou que o novo governo reflete uma coalizão entre os rebeldes e o antigo governo de Assad.

Declarações de Abu Mohammed al-Jolani

O líder do HTS, Abu Mohammed al-Jolani, afirmou que o mundo “não tem nada a temer” do novo governo sírio. Durante uma entrevista à Sky News, ele prometeu reconstruir a Síria e estabelecer estabilidade. “Estamos avançando em direção ao desenvolvimento”, afirmou.

Jolani ainda destacou que a saída de Assad trouxe novas possibilidades para o país. Segundo ele, o regime anterior era o principal obstáculo para o progresso sírio.

EUA e Europa reagem à transição

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que o país apoiará um governo sírio que renuncie ao terrorismo e proteja os direitos humanos. Ele também pediu a destruição de armas químicas remanescentes no país.

Por outro lado, a União Europeia expressou preocupação com a estabilidade da região. A chefe da política externa, Kaja Kallas, alertou para os riscos de fragmentação do território, citando casos como Líbia e Afeganistão.

Intensificação dos ataques israelenses

Nas últimas 48 horas, Israel realizou mais de 480 ataques aéreos na Síria, atingindo alvos estratégicos como arsenais de armas e infraestruturas militares.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou que o país continuará agindo para garantir sua segurança, especialmente em relação à influência iraniana na região.

Entenda a Transição política na Síria

  • Novo governo interino: Mohammed al-Bashir assume até março.
  • Saída de Assad: Líder deposto fugiu de Damasco.
  • Posição dos EUA: Apoio condicionado à renúncia ao terrorismo.
  • Papel de Israel: Ataques contra infraestrutura militar síria.
  • Desafios futuros: Reconstrução, estabilidade e segurança regional.
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