Brasília – A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (11) três militares ligados ao suposto plano golpista que buscava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. Os investigados incluem Aparecido Andrade Portela, Reginaldo Vieira de Abreu e Rodrigo Bezerra de Azevedo, acusados de envolvimento em articulações e ações contra a democracia.
Em novembro, o inquérito já havia indiciado Bolsonaro e 36 aliados pelos crimes de golpe de Estado e organização criminosa. As denúncias aguardam avaliação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Quem são os indiciados?
Aparecido Andrade Portela
A PF aponta Portela como intermediário entre financiadores das manifestações antidemocráticas e o governo. Ele usava o codinome “churrasco” para tratar de uma “ruptura institucional” e visitou o Palácio da Alvorada 13 vezes em dezembro de 2022. Durante seu depoimento, permaneceu em silêncio.
Reginaldo Vieira de Abreu
Vieira disseminou desinformação sobre o sistema eleitoral e manipulou relatórios das Forças Armadas, segundo a investigação. Ele também levou um hacker à PF para tentar formalizar denúncias falsas e é acusado de imprimir documentos para operacionalizar um “gabinete de crise” no Palácio do Planalto.
Rodrigo Bezerra de Azevedo
A PF identificou Azevedo no núcleo operacional de um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes. Ele utilizava dispositivos anonimizados e ligava para contas bancárias fraudulentas. O militar afirmou que usou um celular encontrado em uma sala do Comando de Operações Especiais sem conhecer seu histórico.
Próximos passos da investigação
A Procuradoria-Geral da República deve apresentar as denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro de 2025.
Entenda o caso dos militares indiciados pela PF
- Crimes investigados: abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
- Envolvimento de Bolsonaro: já indiciado com outros 36 aliados em novembro.
- Principais acusações: financiamento de manifestações, desinformação e planos de ataque contra autoridades.
- Destino das denúncias: análise pela PGR e envio ao STF.