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sábado, janeiro 11, 2025
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PF indicia mais três militares por plano golpista

Brasília – A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (11) três militares ligados ao suposto plano golpista que buscava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. Os investigados incluem Aparecido Andrade Portela, Reginaldo Vieira de Abreu e Rodrigo Bezerra de Azevedo, acusados de envolvimento em articulações e ações contra a democracia.

Em novembro, o inquérito já havia indiciado Bolsonaro e 36 aliados pelos crimes de golpe de Estado e organização criminosa. As denúncias aguardam avaliação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Quem são os indiciados?

Aparecido Andrade Portela

A PF aponta Portela como intermediário entre financiadores das manifestações antidemocráticas e o governo. Ele usava o codinome “churrasco” para tratar de uma “ruptura institucional” e visitou o Palácio da Alvorada 13 vezes em dezembro de 2022. Durante seu depoimento, permaneceu em silêncio.

Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército e ex-chefe de gabinete na Secretaria-Geral da Presidência. Foto: Reprodução
Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército e ex-chefe de gabinete na Secretaria-Geral da Presidência. Foto: Reprodução

Reginaldo Vieira de Abreu

Vieira disseminou desinformação sobre o sistema eleitoral e manipulou relatórios das Forças Armadas, segundo a investigação. Ele também levou um hacker à PF para tentar formalizar denúncias falsas e é acusado de imprimir documentos para operacionalizar um “gabinete de crise” no Palácio do Planalto.

Rodrigo Bezerra de Azevedo, major do Exército e integrante do Comando de Operações Especiais (Copesp). Foto: Reprodução
Rodrigo Bezerra de Azevedo, major do Exército e integrante do Comando de Operações Especiais (Copesp). Foto: Reprodução

Rodrigo Bezerra de Azevedo

A PF identificou Azevedo no núcleo operacional de um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes. Ele utilizava dispositivos anonimizados e ligava para contas bancárias fraudulentas. O militar afirmou que usou um celular encontrado em uma sala do Comando de Operações Especiais sem conhecer seu histórico.

Próximos passos da investigação

A Procuradoria-Geral da República deve apresentar as denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro de 2025.

Entenda o caso dos militares indiciados pela PF

  • Crimes investigados: abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
  • Envolvimento de Bolsonaro: já indiciado com outros 36 aliados em novembro.
  • Principais acusações: financiamento de manifestações, desinformação e planos de ataque contra autoridades.
  • Destino das denúncias: análise pela PGR e envio ao STF.

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