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Gestão de Tarcísio no DNIT foi omissa sobre alertas de problemas na ponte

Estrutura apresentava problemas desde 2019, aponta relatório do DNIT

Brasília – O desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck, entre os estados do Maranhão e Tocantins, deixou pelo menos um morto e 15 desaparecidos no domingo (22). A ponte, situada no rio Tocantins, conectava Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), sendo parte estratégica da rodovia Belém-Brasília.

Relatórios do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) revelam que a estrutura já demonstrava sinais de desgaste desde 2019, durante a gestão de Tarcísio de Freitas no Ministério da Infraestrutura, no governo Jair Bolsonaro. O índice de conservação da ponte era classificado como nível 2, indicando necessidade de manutenção prioritária.


Estrutura comprometida e alertas ignorados

A avaliação técnica apontava problemas como concreto danificado, pilares comprometidos e armaduras expostas, requerendo intervenção urgente. No Tocantins, entre as 121 pontes federais analisadas, 11 estavam no nível 2, incluindo a ponte JK. Duas foram avaliadas como péssimas (nível 5), e cinco nem sequer receberam avaliação.

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o colapso da estrutura. O vereador Elias Cabral Junior, de Aguiarnópolis, registrou o momento do desabamento, que evidenciou a gravidade da situação.


Recursos insuficientes e desigualdade nas obras

Em 2020, parlamentares do Maranhão pediram R$ 400 milhões para manutenção de rodovias no estado. Contudo, o orçamento aprovado pelo DNIT foi de R$ 180 milhões. Nos três anos seguintes, o órgão duplicou menos de 100 km de rodovias em todo o país, com nenhum trecho no Norte.

Essa disparidade acendeu críticas à gestão de Tarcísio de Freitas, marcada por atrasos em projetos e distribuição desigual de recursos entre regiões.


Denúncias de corrupção e irregularidades

Além da inatividade, a gestão de Tarcísio no DNIT e no Ministério da Infraestrutura enfrentou acusações de corrupção. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), 88 contratos irregulares foram firmados entre o órgão e duas fundações ligadas ao Instituto Militar de Engenharia (IME). Esses acordos resultaram em prejuízo milionário, com serviços não realizados.

A Polícia Federal também investigou contratos de tecnologia da informação durante o período. Um acordo firmado com a Business To Technology (B2T), inicialmente orçado em R$ 11 milhões, chegou a R$ 27 milhões, sem comprovação de entrega dos serviços contratados.


Entenda o caso: desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck

  • Localização da tragédia: Divisa entre Maranhão e Tocantins, no rio Tocantins.
  • Histórico de problemas: Desde 2019, a ponte apresentava falhas estruturais.
  • Responsáveis pela gestão: DNIT, subordinado ao Ministério da Infraestrutura, liderado por Tarcísio de Freitas entre 2019 e 2022.
  • Impacto regional: Ponte ligava municípios e era parte importante da rodovia Belém-Brasília.
  • Acusações na gestão Tarcísio: Contratos irregulares e corrupção marcaram o período.

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