Rio de Janeiro – O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do GAECO/FT-OIS, ingressou com ação civil pública para interromper obras ilegais realizadas no Condomínio Nova Itanhangá, na Zona Oeste do Rio.
A área, sob influência de milícias, já foi alvo de diversas operações ambientais. A ação inclui a Prefeitura do Rio, o INEA, empresas e quatro indivíduos.
Os promotores destacaram a devastação de mais de 1.000 m², incluindo áreas de mangue e mata atlântica, resultando em poluição na Lagoa da Tijuca e prejuízos irreparáveis ao meio ambiente. Pedem a paralisação das obras, recuperação ambiental e indenização por danos morais coletivos.
O Condomínio Nova Itanhangá é considerado loteamento irregular pela Prefeitura do Rio. No entanto, as obras prosseguiram, causando desmatamento em áreas protegidas. O local abriga espécies ameaçadas, como o jacaré-de-papo-amarelo, além de ser parte do bioma da Mata Atlântica.
A Prefeitura realizou operações em conjunto com o INEA e o Batalhão de Polícia Ambiental, mas não conseguiu conter as intervenções. Em uma dessas ações, uma retroescavadeira apreendida foi devolvida aos supostos milicianos, o que permitiu a continuidade das obras.
As obras alteraram drasticamente o ecossistema local. Manguezais foram aterrados, prejudicando a biodiversidade e gerando poluição. Além disso, não há sistema adequado de esgoto, agravando a contaminação da Lagoa da Tijuca. O MPRJ solicita medidas imediatas para conter os impactos ambientais, incluindo replantio e remoção dos entulhos.