Rio de Janeiro – O Governo do Rio de Janeiro assinou um contrato de R$ 1,9 bilhão com o consórcio Rio Barcas, que assumirá a operação do transporte aquaviário em fevereiro.
A medida visa maior controle estatal, otimização de rotas e embarcações sociais para áreas carentes.
O governador Cláudio Castro destacou a importância do novo modelo baseado em milhas náuticas, prometendo melhorias sem alterações imediatas nas tarifas ou frequência das viagens.
Contrato de R$ 1,9 bilhão para o transporte aquaviário
O consórcio Rio Barcas, formado por empresas como BK Consultoria, Internacional Marítima, Sudeste Navegação e Innovia Soluções Inteligentes, substituirá o grupo CCR. Este último era responsável por seis linhas que atendem aproximadamente 40 mil passageiros por dia.
A concessão terá duração inicial de cinco anos, com possibilidade de prorrogação por igual período. A transição começou imediatamente e será concluída até 11 de fevereiro.
Mudanças no modelo de gestão
O novo contrato adota o pagamento por milha náutica percorrida, garantindo ao governo controle total sobre rotas, horários e tipos de embarcações. Cláudio Castro explicou que isso permitirá ajustes mais precisos: “Hoje, temos barcas grandes transportando apenas cinco ou dez passageiros. Com o novo sistema, será possível alocar embarcações menores onde necessário.”
Além disso, será implantado um projeto de embarcações sociais para áreas economicamente inviáveis, mas essenciais para a população.
Questionamentos do TCE
Em novembro de 2023, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) questionou a licitação por possíveis irregularidades no edital. Apesar disso, o órgão autorizou a assinatura do contrato após análise detalhada.
Integração com o sistema Jaé
Outro destaque da cerimônia foi a integração dos modais estaduais ao sistema de bilhetagem Jaé, da Prefeitura do Rio. A substituição do Riocard está prevista para julho de 2024, após ajustes técnicos e jurídicos.
Castro afirmou que o novo sistema trará mais transparência, com dados abertos e maior controle sobre os subsídios públicos.
Entenda o novo modelo de transporte aquaviário no RJ
- Mudança de gestão: Consórcio Rio Barcas assume operação, substituindo a CCR.
- Contrato bilionário: Avaliado em R$ 1,9 bilhão, com duração de cinco anos.
- Modelo por milha náutica: Governo controla horários, rotas e alocações.
- TCE: Questionou a licitação, mas liberou o contrato após revisão.
- Bilhetagem Jaé: Prevê integração estadual e maior transparência até julho.
