Washington – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (14) a retirada de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo. A medida busca abrir caminho para investimentos, maior comércio e a libertação de prisioneiros políticos na ilha, que enfrenta uma grave crise econômica.
A decisão, que ocorre poucos dias antes da posse de Donald Trump como presidente, atende a apelos de países como Brasil, Chile, Colômbia e instituições como a União Europeia e a Santa Sé, segundo a Casa Branca.
Mudanças nas políticas de sanções
Biden também revogará sanções impostas pelo governo Trump que limitavam transações financeiras com entidades cubanas. Essa iniciativa segue uma linha de flexibilização adotada durante o governo de Barack Obama, que em 2016 também retirou Cuba dessa lista.
Contudo, a mudança pode ser breve. Com a posse de Trump na próxima semana, a administração americana planeja adotar uma abordagem mais rígida em relação a Havana.
Novo cenário político
O senador Marco Rubio, escolhido por Trump como futuro secretário de Estado, já demonstrou uma postura crítica em relação a Cuba. Filho de imigrantes cubanos, Rubio apresentou, em 2023, um projeto de lei para evitar que o país fosse removido da lista de patrocinadores do terrorismo.
O governo Trump também sinaliza a retomada de sanções mais duras, reeditando medidas que haviam sido impostas em 2021.
Histórico da relação entre EUA e Cuba
Em 2016, Barack Obama encerrou décadas de embargo ao retirar Cuba da lista de países terroristas. No entanto, em 2021, Trump reverteu a decisão, justificando a medida com alegações de apoio cubano a grupos extremistas.
Agora, Biden tenta reverter esse movimento antes de deixar o cargo, sinalizando uma postura mais conciliatória e voltada para o diálogo com a ilha caribenha.
Entenda o caso: Biden e Cuba
- Medida anunciada: Retirada de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo.
- Objetivo: Ampliar comércio, atrair investimentos e liberar presos políticos.
- Contexto político: Decisão ocorre a poucos dias da posse de Donald Trump.
- Futuro incerto: Marco Rubio, próximo secretário de Estado, defende sanções rígidas.
- Histórico: Cuba foi retirada da lista em 2016 e reintegrada em 2021.