Jerusalém – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (16) que o grupo palestino Hamas teria criado uma “crise de última hora” ao tentar mudar termos do acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza. Segundo o premiê, a votação no Conselho de Ministros israelense para ratificar o texto foi adiada porque pontos essenciais ainda precisam ser negociados.
No entanto, representantes do Hamas negaram as acusações. Em declaração à Reuters, um porta-voz garantiu que o grupo respeita os termos do acordo, anunciado com a mediação de Catar, Egito e Estados Unidos.
Termos do cessar-fogo e próximos passos
Os mediadores informaram que o acordo tem três fases principais, com previsão de início no próximo domingo (19). A primeira etapa, com duração de seis semanas, incluirá:
- Libertação de reféns: O Hamas libertará 33 reféns em troca da liberação de prisioneiros palestinos por Israel, priorizando mulheres e crianças.
- Ajuda humanitária: Aproximadamente 600 caminhões de suprimentos entrarão na Faixa de Gaza diariamente.
- Redução de tropas: Israel se comprometerá a diminuir gradualmente sua presença militar na região.
Papel de mediadores internacionais
Catar, Egito e Estados Unidos foram fundamentais nas negociações. O presidente norte-americano, Joe Biden, destacou a necessidade de ajuda humanitária para Gaza e reforçou a importância de buscar paz e segurança. Ele declarou: “Já passou da hora de os combates terminarem”.
Por sua vez, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman, pediu o cumprimento integral dos termos por ambas as partes.
As próximas etapas do plano
Após a primeira fase, as partes discutirão:
- Conclusão da libertação de reféns: Incluindo os corpos de vítimas.
- Retirada completa de tropas israelenses: Caso o cessar-fogo seja mantido.
- Reconstrução de Gaza: Uma terceira etapa abordará a governança do território palestino. Essa questão permanece sem consenso.
Entenda o acordo entre Israel e Hamas
- O que foi acordado: Fim progressivo do conflito e libertação de reféns.
- Quem participou das negociações: Catar, Egito e Estados Unidos atuaram como mediadores.
- Fases principais: Três etapas planejadas, incluindo retirada de tropas e ajuda humanitária.
- Desafios: Divergências sobre termos do acordo e futuras negociações de governança.
