Rio de Janeiro – O prefeito Eduardo Paes anunciou a criação de um grupo de trabalho para viabilizar o uso da semaglutida, princípio ativo do Ozempic, nas clínicas da família do Rio de Janeiro.
O medicamento, usado no tratamento de diabetes e conhecido por promover perda de peso, foi tema de destaque nesta quinta-feira (16). Paes afirmou que “chegou a hora de democratizar o acesso a esse medicamento”.
O projeto considera a quebra de patente do Ozempic, prevista para 2026, o que permitirá a produção por outros laboratórios e, consequentemente, redução de custos. Segundo o prefeito, a democratização é essencial para transformar o medicamento em uma ferramenta acessível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Entenda o projeto do Ozempic no Rio
Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde, explicou que o plano do município inclui negociações com quatro laboratórios, entre eles o dinamarquês Novo Nordisk, fabricante do Ozempic. O objetivo é começar a distribuir cerca de 3 mil doses mensais do medicamento na rede pública municipal.
A medicação será utilizada principalmente para tratar obesidade, e seu uso exigirá prescrição médica e acompanhamento regular nas clínicas da família. Soranz destacou que fábricas no Brasil já estão se preparando para a produção local após a quebra de patente.
Reação de Paes à postura da indústria
Reportagem da CNN Brasil revelou que o laboratório Novo Nordisk defende “mecanismos de ajuste de prazo” para patentes, o que poderia prolongar a exclusividade de produção do Ozempic. Paes criticou a postura do laboratório em postagem na rede social X:
“‘Mecanismos de ajuste de prazo’ não dá! Já foram mais do que recompensados pelo investimento feito. Chegou a hora de democratizar o acesso a esse medicamento”, escreveu o prefeito.
Além disso, ele ressaltou a importância de tornar o medicamento acessível no SUS, enfatizando seu potencial transformador para a saúde pública.
Benefícios esperados e próximos passos
Com o fim da exclusividade da patente, a expectativa é de que o preço do medicamento caia, facilitando sua inclusão em programas de saúde pública. O município do Rio já planeja ajustes logísticos e capacitação dos profissionais de saúde para integrar o uso do Ozempic às clínicas da família.
Entenda o caso: democratização do Ozempic no SUS
- Objetivo do projeto: Tornar o Ozempic acessível na rede pública para tratar obesidade.
- Quebra de patente: Prevista para 2026, permitirá produção local e redução de custos.
- Doses previstas: Cerca de 3 mil por mês, com prescrição médica obrigatória.
- Polêmica com laboratório: Novo Nordisk defende prolongamento de patentes no Brasil.
- Postura de Eduardo Paes: Rejeição às propostas do laboratório e defesa de acessibilidade.
Com informações do Jornal Extra