Rio de Janeiro – Brasília – O general Walter Braga Netto completa um mês de prisão preventiva em uma unidade do Exército no Rio de Janeiro. O ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022 foi detido em 14 de dezembro por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Polícia Federal (PF) acusa Braga Netto de obstruir as investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O general teria buscado informações sigilosas sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Manutenção da prisão
No dia 26 de dezembro, Moraes decidiu manter Braga Netto detido. O ministro seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se opôs à substituição da prisão por medidas cautelares alternativas.
A defesa do general argumentou que não há provas que justifiquem a prisão. Contudo, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que permanecem válidos os motivos que fundamentaram a detenção.
Acusações graves
Além da suposta obstrução de justiça, Braga Netto enfrenta acusações mais sérias. A PF o aponta como um dos principais articuladores do plano golpista, que teria incluído:
- Planejamento para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
- Possível assassinato de autoridades, incluindo Lula e o próprio ministro Moraes
- Financiamento de ações ilegais, como a entrega de dinheiro em uma “sacola de vinho”
Investigações em andamento
O caso de Braga Netto faz parte de um inquérito mais amplo que investiga uma suposta trama golpista após as eleições de 2022. A PF indiciou 40 pessoas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro, por crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Enfim, as investigações continuam em andamento, com a PGR analisando as evidências para decidir se oferecerá denúncia formal contra os indiciados.
Entenda o caso: A prisão de Braga Netto e o inquérito do golpe
- Origem: Investigações sobre tentativa de golpe após eleições de 2022
- Prisão: Decretada em 14/12/2024 por Alexandre de Moraes
- Motivo: Suposta obstrução de justiça e participação em plano golpista
- Acusações: Articulação política, financiamento de ações ilegais, planejamento de atentados
- Situação atual: Prisão preventiva mantida após um mês
- Contexto: Parte de inquérito que indiciou 40 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro