Desesperado, Jair Bolsonaro ataca STF e critica inelegibilidade

Inelegível até 2030, ex-presidente acusa STF e TSE de abuso de autoridade. Declarações aumentam tensão política.

Redacao
Por Redacao
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Brasília – O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar sua inelegibilidade e atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, durante entrevista ao canal da Revista Oeste no YouTube. Classificando sua situação como uma tentativa de “negar a democracia”, Bolsonaro ainda comparou o Brasil a regimes autoritários, como os de Nicolás Maduro, na Venezuela, e Daniel Ortega, na Nicarágua.

O ex-presidente também negou abuso de poder político em eventos polêmicos de sua gestão e afirmou ser vítima de “lawfare”, termo que define o uso de processos legais com objetivos políticos. Ele criticou decisões recentes do STF, especialmente a retenção de seu passaporte pelo ministro Alexandre de Moraes, o que impediu sua participação na posse de Donald Trump nos Estados Unidos.


Críticas de Bolsonaro reacendem debate político

Declarações durante entrevista

Na entrevista, Bolsonaro afirmou que sua inelegibilidade equivale à “negação da democracia” e a comparou às ações de líderes autoritários. “Se eu não disputar as eleições por causa dessas acusações, é uma negação da democracia. É o que Maduro faz na Venezuela e Ortega na Nicarágua. Aqui é a mesma coisa. Se me prenderem, será abuso de autoridade”, disse.

Além disso, o ex-presidente rebateu as acusações que levaram à sua inelegibilidade, incluindo a reunião com embaixadores em 2022 e o uso da estrutura pública no desfile de 7 de setembro para fins políticos.

Penas severas esperadas para indiciados

Paralelamente, a apuração da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, revelou previsões de penas rigorosas para os principais indiciados na tentativa de golpe de Estado. Advogados esperam que o STF aplique penas médias de 20 anos, com base em julgamentos recentes, como o de Aécio Lúcio Costa Pereira, condenado a 17 anos de prisão.

Acusações contra Bolsonaro e aliados

Entre os acusados com maior destaque estão Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa. As acusações contra Bolsonaro incluem tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. A soma das penas pode chegar a 28 anos de prisão.

A Primeira Turma do STF, composta por ministros como Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Luiz Fux, tem adotado decisões unânimes nos casos relacionados a atos golpistas e figuras do bolsonarismo.


Entenda o caso: Inelegibilidade e acusações contra Bolsonaro

  • Inelegibilidade até 2030: Decisão do TSE após acusações de abuso de poder político.
  • Tentativa de golpe de Estado: Bolsonaro é acusado de liderar ações para manter-se no poder.
  • Penas severas no STF: Previsão de até 28 anos para crimes como organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
  • Contexto internacional: Bolsonaro compara situação política no Brasil a regimes autoritários.

Com informações do Brasil 247

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