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quarta-feira, março 12, 2025
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Igrejas evangélicas como as de Silas Malafaia esvaziam nos EUA com deportações

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Nova York – A intensificação das políticas de deportação nos Estados Unidos tem impactado diretamente as comunidades imigrantes, refletindo no esvaziamento das igrejas evangélicas. Fiéis brasileiros relatam temor crescente e evitam até mesmo frequentar os cultos por receio de serem detidos por agentes do governo.

Desde janeiro, a administração Donald Trump ampliou a atuação do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE), permitindo a prisão de imigrantes em locais antes considerados seguros, como igrejas e escolas. O resultado tem sido a ausência de fiéis e a preocupação dos pastores com o futuro de suas congregações.

Malafaia em sua igreja em Boston, EUA: fiéis deportados
Malafaia em sua igreja em Boston, EUA: fiéis deportados

Medo cresce entre fiéis

Em cidades com grande população brasileira, como Nova York, Boston e Orlando, igrejas relatam queda expressiva na frequência. “Os cultos estão bem mais vazios. As pessoas estão com medo até de ir para a igreja”, conta Fernanda, uma estudante brasileira que frequenta uma igreja em Massachusetts.

O receio se intensificou após relatos de prisões de imigrantes sem antecedentes criminais. O ICE afirma priorizar deportação de indivíduos com crimes graves, mas a definição ampla de “criminoso” tem atingido também pessoas sem documentação regular.

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Igrejas reforçam medidas de segurança

Em Nova York, uma igreja fixou um cartaz informando que agentes do ICE precisam de autorização judicial para entrar no local. A iniciativa reflete o medo entre os líderes religiosos, que buscam formas de proteger suas comunidades.

Pastores também evitam abordar o tema publicamente. Um líder evangélico em Orlando, que preferiu manter o anonimato, disse que a comunidade não incentiva imigração irregular e que “não oferece apoio jurídico a quem está ilegal”.

Impacto social e isolamento

O temor das deportações não afeta apenas a rotina religiosa. Muitos brasileiros têm evitado locais públicos, incluindo supermercados e eventos sociais. Junior Pena, influenciador digital, relatou que cancelou uma viagem ao Alasca por medo de ser abordado em um voo doméstico.

“Estamos pisando em ovos”, disse ele, reforçando a incerteza vivida pela comunidade. O isolamento e a tensão são evidentes, tornando ainda mais difícil a integração social dos imigrantes.

Entenda o caso: igrejas e a política migratória nos EUA

  • A administração Donald Trump endureceu as regras de imigração e ampliou as operações do ICE.
  • Imigrantes sem documentação evitam locais públicos, incluindo igrejas.
  • Pastores relatam queda na frequência e temor entre os fiéis.
  • Igrejas têm reforçado medidas de segurança e adotado posição mais discreta sobre imigração.
  • Comunidade brasileira enfrenta isolamento e dificuldades na integração social.

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