Buenos Aires – 31 de janeiro de 2025 – Na próxima sexta-feira (1º), diversos movimentos sociais argentinos se reunirão para a 1ª Marcha do Orgulho Antifascista e Antirracista LGTBIQNB+. O ato acontece em resposta ao discurso de ódio proferido pelo presidente Javier Milei durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos na semana passada.
A marcha terá seu ponto central na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, iniciando às 16h, horário local. Organizações LGBTQIA+, sindicatos, grupos feministas, migrantes e partidos políticos participarão do evento. Segundo os organizadores, a manifestação ocorrerá em mais de 160 cidades, tanto na Argentina quanto no exterior.
Discurso Controverso de Milei
Durante sua participação no fórum, Milei criticou severamente ideais progressistas, incluindo feminismo, ambientalismo e identidade de gênero. Ele também defendeu suas políticas de austeridade econômica, mesmo diante do impacto negativo sobre as populações mais vulneráveis do país.
As declarações do presidente geraram indignação em amplos setores da sociedade argentina. A secretária-adjunta da Central de Trabalhadores Argentinos-Autônoma (CTA-A), Mariana Mandakovic, afirmou que “organização e luta são a resposta que daremos”. Ela ressaltou que a batalha não se limita a questões econômicas, mas abrange aspectos políticos, sociais e culturais.
Apoio das Organizações Sociais
A marcha contará com a presença de importantes organizações de direitos humanos, como as Mães da Praça de Maio e as Avós da Praça de Maio. Além disso, centrais sindicais como a Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) e a Confederação Geral do Trabalho (CGT) também se unirão ao ato.A ex-presidente Cristina Kirchner criticou Milei por seu discurso em Davos. Ela o acusou de fomentar o ódio ao descrever o feminismo e o ambientalismo como “ideologias aberrantes” e ao associar identidade de gênero à pedofilia. Kirchner provocou Milei em uma postagem nas redes sociais, questionando sua coerência ideológica.
Entenda o Caso: Marcha Antifascista na Argentina
- Objetivo da marcha: Combater o discurso de ódio e defender direitos sociais.
- Data e local: 1º de fevereiro, Plaza de Mayo, Buenos Aires.
- Participantes: Organizações LGBTQIA+, sindicatos e grupos feministas.
- Reações ao discurso de Milei: Críticas severas por parte da sociedade civil e líderes políticos.
Com informações do Brasil de Fato
