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Maduro fala em reaproximação com EUA e liberta americanos

Presidente da Venezuela recebe enviado de Trump e anuncia libertação de seis cidadãos americanos

Redacao
Redacao - Equipe

Caracas – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira (31) que deseja um “novo começo” nas relações com os Estados Unidos, agora sob a liderança de Donald Trump. O pronunciamento ocorreu após a visita do enviado da Casa Branca, Richard Grenell, a Caracas. Horas depois, o governo americano anunciou a libertação de seis cidadãos dos EUA, detidos sob alegações de conspiração.

A visita de Grenell à Venezuela foi a primeira missão diplomática da administração Trump na América Latina. O enviado se reuniu com Maduro e outros integrantes do regime venezuelano para tratar da relação entre os dois países.

Libertação de americanos e declaração de Maduro

Grenell anunciou a libertação dos seis americanos por meio de suas redes sociais, compartilhando uma foto dentro do avião ao lado dos ex-prisioneiros. “Estamos voltando para casa com esses seis cidadãos”, escreveu. O governo dos EUA, no entanto, não revelou as identidades dos libertados nem os detalhes das negociações.

Trump celebrou a decisão de Maduro. “Acabei de ser informado de que estamos trazendo para casa seis reféns da Venezuela”, declarou o presidente americano.

Durante o encontro com Grenell, Maduro discutiu uma proposta chamada de “agenda zero”, voltada para a retomada do diálogo bilateral. “Demos um primeiro passo, e esperamos que possa ser mantido”, afirmou o presidente venezuelano.

EUA mantêm pressão sobre Caracas

Apesar do gesto de aproximação, Washington segue reconhecendo o opositor Edmundo González como presidente eleito da Venezuela. No entanto, a Casa Branca busca manter canais de negociação com o governo Maduro devido a questões estratégicas.

Trump pretende endurecer a política de imigração e depende de acordos com Caracas para deportação de venezuelanos em situação irregular. Além disso, os EUA buscam cooperação do governo Maduro no combate ao tráfico de drogas.

No início do seu novo mandato, Trump também indicou que pode interromper importações de petróleo da Venezuela. Além disso, congressistas republicanos pressionam para o cancelamento de licenças que permitem que companhias estrangeiras, incluindo a americana Chevron, operem no país sul-americano.


Entenda o caso: as relações entre EUA e Venezuela

  • Visita diplomática: Richard Grenell foi a Caracas como representante da Casa Branca.
  • Libertação de presos: Seis americanos foram libertados pelo regime venezuelano.
  • Novo diálogo: Maduro propõe reaproximação com Washington.
  • EUA endurecem posição: Governo Trump estuda sanções contra o petróleo venezuelano.
  • Política migratória: Trump quer acordo para deportar venezuelanos em situação irregular.
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