Belo Horizonte – A primeira-dama Janja da Silva chorou ao discursar sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no Brasil. Durante um evento em Minas Gerais, nesta sexta-feira (7), ela acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na entrega de 12.297 lotes a famílias assentadas e destacou a luta feminina por direitos e segurança.
“É claro que o Dia Internacional da Mulher é uma data de comemoração e luta, mas também de tristeza, porque está muito difícil para nós, mulheres. Cotidianamente, somos mortas, violentadas e temos nossos corpos expostos”, disse Janja, emocionada.
Luta feminina e apoio aos assentados
Janja agradeceu o acolhimento das mulheres do Complexo Ariadnópolis, uma antiga usina desativada desde 1996. “Eu queria agradecer pelo carinho com que fui recebida hoje aqui por algumas companheiras. Esse carinho me faz seguir de cabeça erguida. Eu não tenho medo, eu não tenho vergonha, e eu só tenho coragem”, afirmou.
No evento, Lula e Janja reforçaram o compromisso com a reforma agrária e a celeridade na distribuição de terras. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) esteve presente e cobrou avanços na regularização fundiária.
Violência contra mulheres preocupa autoridades
O discurso de Janja ocorre em meio a preocupações crescentes sobre os índices de violência contra mulheres no país. Dados recentes mostram aumento nos casos de feminicídio, reforçando a necessidade de políticas de proteção e combate às desigualdades de gênero.
O governo federal tem anunciado medidas para fortalecer a rede de apoio às mulheres em situação de violência, incluindo investimentos em delegacias especializadas e centros de acolhimento.
