Brasília – A Coligação Brasil da Esperança entrou com um pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para incluir novas provas na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O objetivo é ampliar a investigação sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022.
A solicitação inclui provas obtidas em inquéritos conduzidos pela Polícia Federal (PF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Os documentos reforçam as suspeitas sobre reuniões que discutiram a formulação de um “decreto de golpe”, revelando possíveis tentativas de subverter o resultado eleitoral.
Novos elementos apresentados ao TSE
O pedido inclui registros de geolocalização, documentos sigilosos do Inquérito 4874, em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), e outros elementos que apontam o envolvimento de diversos aliados de Bolsonaro na elaboração do plano.
De acordo com a coligação, as provas demonstram que as ações foram orquestradas por um grupo político e institucional, não se limitando ao ex-presidente. O objetivo é comprovar abuso de poder político e uso indevido da estrutura estatal.
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Declarações sobre a investigação
O advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Angelo Ferraro, afirmou que o pedido visa proteger a democracia e esclarecer as tentativas de interferência no processo eleitoral:
“O nosso pedido busca esclarecer o alcance das investidas contra o sistema eleitoral e garantir a proteção contínua da democracia diante de tentativas de desestabilização por parte do ex-presidente e de diversos aliados”.
Ele também destacou a importância da resposta do Judiciário:
“A resposta do Judiciário brasileiro será essencial para reafirmar o compromisso das instituições e do país com a defesa do regime democrático, diante de ações que claramente representam tentativas de golpe e de deslegitimação do processo eleitoral”.
Entenda o caso: tentativa de golpe e investigações
- AIJE contra Bolsonaro: A ação no TSE investiga abuso de poder e condutas que comprometeram a lisura das eleições de 2022.
- Novas provas: O pedido inclui documentos sigilosos da PF e da PGR que reforçam a tese de tentativa de golpe.
- Reuniões secretas: Investigadores apuram encontros que discutiram medidas para anular o resultado eleitoral.
- Possíveis envolvidos: A coligação aponta uma rede de aliados de Bolsonaro que teria participado das articulações.
- Próximos passos: O TSE analisará o pedido e decidirá se aceita as novas provas.