Rio de Janeiro – Durante um ato com baixa adesão neste domingo (16), Jair Bolsonaro discursou para um público estimado em menos de 15 mil pessoas em Copacabana.
O ex-presidente afirmou que não pretende deixar o Brasil e reforçou um discurso confrontador ao dizer que sua situação futura se resume a “preso ou morto”.
Bolsonaro também declarou que “o bolsonarismo não foi derrotado e nem será”. Ele aproveitou o evento para atacar adversários políticos e reafirmar apoio a um projeto de anistia aos condenados pelos atos que culminaram na depredação das sedes dos três Poderes, em Brasília.
Manifestação buscou pressão por anistia
O ato foi organizado para pressionar o Congresso Nacional a votar um projeto que concede anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. O Supremo Tribunal Federal (STF) já sentenciou 375 pessoas, com penas que chegam a 17 anos de prisão.
O público presente ficou abaixo das expectativas. Segundo estimativas, 18,3 mil pessoas passaram pelo local durante o dia, mas menos de 15 mil acompanharam o discurso do ex-presidente.
Bolsonaro tenta evitar novo cerco judicial
Além da mobilização de sua base, Bolsonaro também busca se defender da recente denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de arquitetar um golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A PGR apresentou a denúncia em 18 de fevereiro, e o STF iniciará a análise do caso no próximo dia 25 de março. Os procuradores afirmam que o ex-presidente elaborou uma minuta golpista e buscou apoio das Forças Armadas.
Se condenado, Bolsonaro pode enfrentar mais de 40 anos de prisão e uma ampliação de sua inelegibilidade, que atualmente vai até 2030. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já o condenou por abuso de poder político e uso indevido da máquina pública nas eleições de 2022.
Entenda o caso: Bolsonaro, atos antidemocráticos e risco de condenação
- Ato esvaziado: Manifestação em Copacabana reuniu menos de 15 mil pessoas.
- Anistia em pauta: Ex-presidente quer pressão popular para beneficiar condenados pelos atos de 8 de janeiro.
- Denúncia da PGR: Bolsonaro é acusado de tentativa de golpe de Estado e pode pegar mais de 40 anos de prisão.
- STF e TSE: Tribunal Eleitoral já o condenou; Supremo analisará nova denúncia em 25 de março.