Brasília – O Orçamento de 2025 aprovado na Comissão Mista do Congresso Nacional sofreu um corte significativo nos recursos destinados ao combate à violência contra a mulher. A proposta inicial do governo previa R$ 162 milhões, mas o relator senador Angelo Coronel (PSD-BA) reduziu esse valor para R$ 52 milhões, um corte de 68%.
A decisão gerou forte reação entre parlamentares, principalmente da bancada feminina. Senadora Leila Barros (PDT-DF) criticou a redução dos recursos e destacou a importância do financiamento de políticas públicas para o enfrentamento da violência de gênero.
Corte atinge programas de segurança e direitos das mulheres
O corte afeta diretamente a Agenda Transversal e Multissetorial Mulheres, um conjunto de programas voltados à garantia de direitos e à luta contra desigualdades de gênero. O maior impacto ocorre no Ministério da Justiça, que perdeu parte dos recursos que seriam aplicados em segurança pública para mulheres. Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Ministério das Mulheres também foram afetados.
Apesar do corte nessas ações específicas, o orçamento geral do Ministério das Mulheres aumentou, passando de R$ 240 milhões para R$ 370 milhões. No entanto, o montante ainda é inferior ao de 2024, que foi de R$ 511 milhões.
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Parlamentares reagem ao corte
A redução de recursos foi amplamente criticada no Congresso. Leila Barros lamentou o corte em um momento de aumento da violência contra mulheres. “Se fala tanto em superávit de R$ 15 bilhões, mas vé-se cortes em uma área fundamental”, declarou.
Outros parlamentares também se manifestaram sobre o impacto da decisão. A discussão deve continuar nas próximas etapas de tramitação do orçamento no Congresso.
Entenda o corte no Orçamento 2025 para combate à violência contra a mulher
- Proposta inicial do governo: R$ 162 milhões
- Valor final aprovado pela comissão: R$ 52 milhões
- Redução total: R$ 110 milhões (68%)
- Principais programas afetados: Agenda Transversal e Multissetorial Mulheres
- Ministérios impactados: Justiça, Desenvolvimento Agrário, Agricultura Familiar e Mulheres
- Reação no Congresso: Senadores questionam impacto e pedem revisão