São Paulo – Durante manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, um jovem trompetista tocou músicas como “Lula lá” e “Tá na hora do Jair”, provocando reação imediata dos manifestantes. Com um tripé no ombro e uma bolsa atravessada, ele percorreu mais de 200 metros entre o público, até ser expulso.
O músico não se identificou, mas relatou à imprensa que foi derrubado e agredido. Mesmo diante de xingamentos e empurrões, continuou a apresentação até ser impedido por um grupo de manifestantes.
Repertório provocou reação violenta
O trompetista iniciou a apresentação com a Marcha Fúnebre, seguida por “Tá na hora do Jair”, música de Tiago Doidão e Juliano Maderada, conhecida por ironizar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Depois, executou o jingle “Lula lá”, associado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A letra da música crítica diz:
“Tá na hora do Jair / Tá na hora do Jair (vai) / Já ir embora / Arruma suas malas / Dá no pé e vá-se embora”.
Clima de tensão aumentou
Inicialmente, poucos notaram o que estava sendo tocado. Contudo, à medida que se aproximava do palco principal do ato, os manifestantes começaram a reagir com vaia, xingamentos e jatos de líquidos.
Um homem chegou a abordá-lo de forma agressiva. Segundo o trompetista, ele foi derrubado e espancado. Mesmo assim, resistiu tocando até o ponto em que foi cercado por um grupo que o forçou a recuar.
Jovem foi expulso antes de alcançar a PM
O trompetista alegou que seu objetivo era seguir tocando ao lado dos policiais militares, posicionados mais à frente. No entanto, não conseguiu chegar ao local porque foi bloqueado e expulso da manifestação.
Ao ser chamado de “maconheiro filho da puta”, respondeu com um grito: “Vocês são todos iguais”.
Entenda o caso: música contra Bolsonaro gera tumulto na Paulista
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- Jovem não identificado tocou músicas ligadas ao petismo
- Músicas incluíram “Tá na hora do Jair” e “Lula lá”
- Participantes reagiram com agressões e ofensas
- Trompetista foi expulso antes de alcançar os policiais
- Não houve intervenção da polícia relatada no texto
Com informações da Revista Forum