O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Fabio Schiochet (União-SC), afirmou neste domingo (24) que não enxerga quebra de decoro parlamentar nas quatro representações contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Segundo ele, as acusações apresentadas por PT e PSOL, que apontam o filho do ex-presidente como articulador de ataques ao Judiciário nos Estados Unidos, não configuram motivo para cassação.
“Não houve agressão, não houve agressão verbal, não houve ganho em cima do mandato dele para ser passível de quebra de decoro parlamentar”, disse Schiochet à CNN.
Representações em análise
As representações contra Eduardo Bolsonaro pedem investigação e cassação do mandato, mas Schiochet destacou que a perda de cargo só poderia ocorrer por faltas às sessões da Câmara.
Os processos, assim como outras 16 representações contra diferentes parlamentares, começarão a ser analisados no dia 2 de setembro.
Ano de pressão sobre o Conselho
Schiochet admitiu que 2025 será um ano de forte demanda no colegiado por ser ano pré-eleitoral.
“Vai ser um ano muito conturbado, um ano muito agitado no Conselho de Ética. (…) Está se banalizando o Conselho de Ética”, declarou.
Eduardo Bolsonaro permanece nos Estados Unidos desde o início do ano, sem presença nas sessões da Câmara. Ele é apontado como articulador de medidas como a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, além de sanções a autoridades brasileiras e do tarifaço imposto pelo governo Trump.