Militares do Exército que atuam na segurança do Palácio do Planalto tiveram que disparar munição não letal após um homem tentar invadir a rampa principal do prédio presidencial, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) despacha. O episódio ocorreu por volta das 3h30 desta quarta-feira (10/09/2025) e mobilizou equipes da Polícia Federal e da segurança presidencial.
O suspeito foi identificado como Leonildo dos Santos Fulgieri, de 54 anos, natural de Santa Catarina. Segundo informações oficiais, ele avançou de forma abrupta e desordenada em direção à entrada principal, ignorando ordens de recuo dos agentes de segurança.
Contenção e atendimento
Para impedir a invasão, os militares dispararam balas de borracha, atingindo Leonildo no quadril e na perna. Os ferimentos foram considerados leves, e o suspeito recebeu atendimento médico imediato antes de ser conduzido à sede da Polícia Federal em Brasília, onde prestará depoimento para esclarecer as motivações da tentativa.
As autoridades afirmam que a atuação seguiu os protocolos de segurança previstos para situações de risco iminente, utilizando disparos não letais para conter o invasor sem causar maiores danos. Apesar do incidente, as atividades no Palácio do Planalto seguiram normalmente, com reforço nos controles de vigilância.

Histórico e reincidência
O caso provocou preocupação adicional, pois Leonildo já havia tentado invadir o Senado Federal na última segunda-feira (08/09/2025), mas foi contido pelos seguranças após apresentar comportamento considerado suspeito. A análise de imagens de câmeras de vigilância vinculou os dois episódios, confirmando reincidência e levantando questionamentos sobre o estado psicológico do invasor e a necessidade de maior rigor nos protocolos de segurança.
A Polícia Federal avalia se Leonildo poderá responder pelos crimes de desobediência, invasão de área restrita e ameaça à segurança do chefe do Executivo. O episódio se soma a outros incidentes recentes que reforçaram a segurança em prédios públicos de Brasília, especialmente após os atos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.