A Câmara dos Deputados decidiu punir 14 parlamentares bolsonaristas que participaram do motim ocorrido em agosto contra o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O episódio foi marcado pela ocupação das mesas do plenário e tentativa de obstruir os trabalhos legislativos. As penalidades variam entre suspensões e censuras escritas.
O corregedor Diego Coronel (PSD-BA) encaminhou a representação, acatada pela maioria. O caso segue agora para homologação no Conselho de Ética, que deve formalizar as medidas nos próximos dias.
Punições mais severas
- Marcos Pollon (PL-MS): suspensão de 120 dias, por ocupar a cadeira de Hugo Motta e proferir insultos pessoais.
- Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC): suspensos por 30 dias, devido à atuação considerada grave na organização da manifestação.
Censura escrita
Outros deputados receberam advertência formal, que pode evoluir para suspensão em caso de reincidência. Entre eles:
- Nikolas Ferreira (PL-MG)
- Carlos Jordy (PL-RJ)
- Bia Kicis (PL-DF)
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
- Zucco (PL-RS)
- Allan Garcês (PP-MA)
- Caroline De Toni (PL-SC)
- Marco Feliciano (PL-SP)
- Domingos Sávio (PL-MG)
- Júlia Zanatta (PL-SC)
- Paulo Bilynskyj (PL-SP)
Objetivo do motim
De acordo com a representação, o grupo buscava pressionar a presidência da Câmara e do Senado a pautar propostas de interesse do bolsonarismo, como:
- anistia,
- fim do foro privilegiado,
- impeachment do ministro Alexandre de Moraes (STF).
A ação, no entanto, não teve êxito.