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Senado confirma Flávio Bolsonaro e Moro como titulares da CPI do Crime Organizado

CPI no Senado inicia investigações contra milícias e facções criminosas com titulares de peso como Flávio Bolsonaro e Sergio Moro.

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Senadores Flávio Bolsonaro e Sergio Moro - Roque de Sá / Agência Senado

O Senado Federal instalou a CPI do Crime Organizado para apurar a atuação de milícias e facções criminosas nos estados brasileiros. A comissão conta com 11 titulares, incluindo nomes de destaque como Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O colegiado terá mandato inicial de 120 dias, podendo ser prorrogado conforme a necessidade dos trabalhos.

Composição e disputa interna da CPI

O Partido dos Trabalhadores indicou para titulares os senadores Rogério Carvalho e Jaques Wagner, enquanto Fabiano Contarato, com experiência como delegado, foi para a suplência. Outros titulares confirmados são Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do pedido que culminou na criação da CPI, Marcos do Val (Podemos-ES)Otto Alencar (PSD-BA)Nelsinho Trad (PSD-MS)Jorge Kajuru (PSB-GO) e Magno Malta (PL-ES).

Nas suplências aparecem Marcio Bittar (PL-AC)Zenaide Maia (PSD-RN) e Eduardo Girão (Novo-CE). O Republicanos ainda não oficializou suas indicações, mantendo duas vagas de suplentes em aberto. A definição da presidência e da relatoria, cuja disputa inclui o senador Alessandro Vieira, está em negociação com base na representação partidária.

Foco investigativo e contexto social

A CPI buscará dissecar a estrutura e o modus operandi do crime organizado, sobretudo as milícias e facções que afetam diretamente a segurança pública em vários estados. De acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a comissão pretende mapear e compreender as redes criminosas que operam em âmbito nacional, revelando suas conexões e estratégias.

A pressão para a criação da CPI aumentou diante da violenta operação policial no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que resultou em mais de cem mortes, segundo dados oficiais do governo estadual. A Defensoria Pública contabilizou inicialmente 132 óbitos, evidenciando o estado crítico da luta contra o crime organizado na metrópole.

Estrutura e ações da CPI

ElementoDescrição
ObjetivoInvestigar milícias e facções, além de relações políticas
Tempo de atuaçãoMandato inicial de 120 dias, sujeito a prorrogação
Participantes11 titulares e 7 suplentes, nomes de diferentes partidos
ExpectativaRevelação de esquemas, abusos e ações criminosas coordenadas
Impacto socialFortalecimento da legislação e segurança pública

A comissão deverá trabalhar em colaboração com outras frentes parlamentares, promovendo cruzamento de dados que permitam identificar conexões e responsabilizar envolvidos.

Consequências políticas e avaliação crítica

A escolha de titulares como Flávio Bolsonaro e Sergio Moro cria tensão e expectativa, dada a exposição pública e as controvérsias envolvendo ambos no debate sobre segurança e justiça. A participação dessas figuras reforça a importância política da CPI, mas também levanta questionamentos sobre a parcialidade e a profundidade das investigações.

É crucial acompanhar o desenvolvimento da comissão para verificar se seu trabalho promoverá avanços efetivos no combate ao crime organizado, além de garantir transparência e rigor investigativo.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.