A taxa de desemprego no Brasil permaneceu estável em 5,6% no trimestre encerrado em setembro, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (31) pelo IBGE. Este índice repete o menor nível da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua ( PNAD Contínua), iniciada em 2012, e marca o terceiro mês seguido de estabilidade nesse patamar recorde.
Evolução do desemprego e emprego formal
O número de pessoas desocupadas no país caiu para 6,045 milhões, o menor desde o início do levantamento, com redução de 209 mil em relação ao trimestre anterior e 809 mil a menos em comparação a setembro do ano passado. A renda média real avançou 4% em 12 meses, enquanto o número de trabalhadores com carteira assinada atingiu 39,229 milhões, maior valor já registrado na série histórica.
Além disso, a taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui pessoas que desejam trabalhar mais horas e as que desistiram de procurar emprego, recuou para 13,9%, o nível mais baixo da série.
Criação de empregos em setembro supera expectativas
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados ( Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego ( MTE), apontou a criação de 213 mil empregos formais em setembro de 2025. Esse resultado ultrapassa a projeção de 170 mil feita por analistas consultados pela Bloomberg e supera os 147,4 mil postos gerados em agosto, embora fique abaixo dos 252,2 mil criados em setembro de 2024.
No acumulado do ano, o Brasil contabiliza 1,717 milhão de novas vagas regulares, ligeiramente inferior aos 1,743 milhão registrados no mesmo período de 2024.
Durante a divulgação, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ironizou as previsões menos otimistas do mercado financeiro: “Não sei se tão especialistas assim, porque projetaram no máximo 175 mil, e o número é de 213 mil postos de trabalho”, afirmou.


