O ex-presidente bolsonaro/" title="Mais notícias sobre jair bolsonaro">Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de cadeia, resolveu descartar politicamente o pastor Silas Malafaia, investigado pelo STF, e se aproxima do bispo Robson Rodovalho, fundador da igreja Sara Nossa Terra, após autorização do ministro Alexandre de Moraes do STF para contato, marcando uma reestruturação na estratégia de apoio evangélico.
No último dia 30 de outubro, Bolsonaro recebeu em sua residência em Brasília o bispo Robson Rodovalho, considerado hoje um dos líderes evangélicos mais influentes, com uma trajetória de 30 anos à frente da igreja Sara Nossa Terra. Esse encontro foi autorizado judicialmente pelo ministro Alexandre de Moraes, que já impusera restrições anteriores proibindo o contato entre Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, alvo de investigações no mesmo processo que resultou na condenação do ex-presidente por tentativa de golpe.
A mudança representa não apenas um distanciamento entre Bolsonaro e Malafaia, mas uma reconfiguração do núcleo evangélico que apoia o ex-presidente, que vem enfrentando meses de isolamento político. Durante o encontro, Rodovalho fez orações e leituras bíblicas com Bolsonaro, que relatou dificuldades de saúde, como crises de soluço e noites mal dormidas.
O bispo Rodovalho falou sobre a sucessão presidencial de 2026, observando o desânimo de Bolsonaro diante da campanha e seu possível ingresso em regime fechado, mas com esperança voltada para o projeto de anistia. Rodovalho também criticou o conselho dado por Malafaia para adiar a escolha do candidato da direita, defendendo planejamento e a unificação para evitar divisões que favorecem a oposição.
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Para Rodovalho, o governador Tarcísio de Freitas segue sendo o nome mais competitivo para representar a direita, apesar de uma certa reticência do próprio político paulista e da resistência de segmentos do Centrão, que buscam um candidato mais conciliador. O bispo defende a chapa “Tarcísio e Michelle (Bolsonaro)”, acreditando que a combinação traria força tanto junto ao eleitorado tradicional quanto ao centro moderado.
O líder religioso também criticou o protagonismo excessivo de pastores em campanhas políticas anteriores, ressaltando que os cultos não deveriam ser palcos para militância partidária, e destacou que Silas Malafaia, apesar de sua força, não é unanimidade entre os fiéis.
Essa movimentação indica que Bolsonaro busca renovar sua base de apoio evangélico, optar por orientação menos conflituosa e mais estratégica para a campanha de 2026, em um momento crucial para o cenário político brasileiro.



