A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,4% no trimestre encerrado em outubro de 2025, menor nível da série histórica iniciada em 2012, conforme a Pnad Contínua do IBGE.
O indicador surpreendeu analistas, que projetavam 5,5%, e reflete queda de 0,2 ponto percentual ante o trimestre anterior e de 0,8 ante outubro de 2024 (6,2%).
O contingente de desocupados atingiu 5,910 milhões, menor da série, com redução de 3,4% (menos 207 mil) no trimestre e de 11,8% (menos 788 mil) no ano. O total de ocupados estabilizou em 102,5 milhões, recorde histórico. Trabalhadores com carteira assinada alcançaram 39,182 milhões, impulsionando formalização do mercado.
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, atribui o avanço ao elevado número de ocupados. Esse contingente reduz pressão por vagas e sustenta a desocupação em mínimas históricas. A massa salarial totalizou R$ 357,3 bilhões, com alta anual de 5,0%.
A renda média real renovou recorde em R$ 3.528, superando R$ 3.507 do trimestre anterior. Políticas de estímulo ao emprego formal e aumento real dos salários consolidam recuperação pós-pandemia.
Indicadores chave do mercado de trabalho
| Indicador | Valor Atual | Variação Trimestral | Variação Anual |
|---|---|---|---|
| Taxa de desemprego | 5,4% | -0,2 p.p. | -0,8 p.p. |
| Desocupados | 5,910 milhões | -207 mil | -788 mil |
| Ocupados com CTPS | 39,182 milhões | Recorde | – |
| Renda média real | R$ 3.528 | +R$ 21 | – |
| Massa de rendimento | R$ 357,3 bilhões | Estável | +5,0% |
