Julio Cesar Vieira Gomes. Foto: Divulgação
Atualizado em 01/12/2025 16:25

A Controladoria-Geral da União (CGU) demitiu Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal, após a conclusão de um processo administrativo disciplinar (PAD). O processo apontou irregularidades na liberação das joias sauditas que foram apreendidas no Aeroporto de Guarulhos no fim do governo Bolsonaro.

A decisão foi publicada no Diário Oficial e confirmou a punição por infrações previstas na Lei nº 8.112. Além da demissão, a medida impede que Gomes retorne ao serviço público federal por um período de cinco anos.

A investigação contra o ex-chefe da Receita ganhou força em 2024, após a Polícia Federal (PF) interceptar mensagens que indicavam a tentativa de liberar os bens retidos.

📜 Violação de Deveres e Interceptações

O despacho da comissão da CGU que resultou na demissão citou a violação de deveres funcionais e práticas descritas nos “incisos II e III do art. 116” e no “art. 117, inciso IX” da Lei nº 8.112.

As mensagens recuperadas pela PF revelaram a articulação de Gomes para liberar as joias. Em dezembro de 2022, ele questionou o então ajudante de ordens, Mauro Cid: “Avisou o presidente que vamos recuperar os bens?”. Cid respondeu afirmativamente.

Em fevereiro de 2023, Gomes voltou a questionar Cid sobre a necessidade de procuração do ex-ministro Bento Albuquerque para a liberação.

Julio Cesar Vieira Gomes já havia sido indiciado pela PF por crimes como peculato, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa. Ele tentou pedir demissão da carreira de auditor fiscal em 2023, mas o ato foi revertido devido à investigação em curso.

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JR Vital - Diário Carioca
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.